Assessoria
A pandemia da covid-19 acelerou o uso de tecnologia por empresas e instituições em todo o mundo. Uma pesquisa encomendada pela Microsoft e realizada pela The Economist Intelligence Unit (EIU) com líderes de empresas de oito setores nas Américas, Europa e Ásia indica que o investimento na transformação digital aumentou 72% desde o início da crise sanitária global. No setor de serviços financeiros esse crescimento foi ainda maior, 85%. O levantamento também mostra que, para 75% dos participantes, o uso de inovações tecnológicas tem fortalecido tanto a empresa quanto a relação com os colaboradores, além de melhorias como inclusão e sustentabilidade.
Algumas soluções digitais vistas como alternativas de educação corporativa foram utilizadas pelo Sicredi junto aos colaboradores. A instituição financeira cooperativa investiu, em 2020, mais de R$ 1 milhão em programas de capacitação e desenvolvimento executados com cerca de 13 mil colaboradores nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Somado a esse recurso, as 31 cooperativas que atuam nos três estados também realizaram outros investimentos em formação.
De acordo com o gerente de Gestão de Pessoas da Central Sicredi PR/SP/RJ, Marcos Antonio Primão, um dos processos desafiadores da transformação digital foi a capacitação com os colaboradores que trabalham nos caixas das agências físicas. A formação on-line envolveu mais de 3,4 mil pessoas, distribuídas em 90 turmas, e contou com 350 horas de treinamento. “Todo o esforço e a adaptação foram necessários para levar aos nossos colaboradores a operacionalização do novo sistema que tem como objetivo principal manter um serviço de qualidade para o nosso associado. A formação foi toda voltada para transformar o atendimento em relacionamento de negócios”, afirma.
Durante a pandemia, a instituição financeira cooperativa ainda mantém o reforço às ações com a plataforma “Sicredi Aprende”. A ferramenta intuitiva e interativa tem potencializado o aprendizado dos colaboradores desde o primeiro dia de trabalho, além de incentivar o protagonismo e o desenvolvimento de habilidades. E com o intuito de minimizar os impactos da pandemia nos colaboradores, o Sicredi atuou com o programa “Gente que coopera Cuida”, voltado ao bem estar das equipes com ações estratégicas por meio da instrumentalização e capacitação no trabalho remoto, além da prevenção com informativos e das ações de apoio à saúde emocional.
Para Primão, o uso da tecnologia aliando projetos de formação técnica com ações humanizadas refletem os diferenciais do cooperativismo tanto para os colaboradores quanto na sociedade. “O Sicredi não adotou nenhuma medida junto às portarias emitidas pelo governo federal. Optamos por não reduzir os salários e a carga horária, nem suspender ou interromper contratos de trabalho devido à crise. Esse movimento gerou mais confiança e tranquilidade às nossas equipes, o que impacta diretamente no atendimento aos nossos associados. Além disso, em 2020, as cooperativas que atuam no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro foram responsáveis por um aumento de mais de 11% em seu quadro de pessoal, com a criação de 185 novos empregos. Uma atuação que expressa nosso propósito de trabalhar para geração de emprego e renda, e uma sociedade mais próspera”, finaliza.