Segundo a classe, a razão do ato é a falta de explicações da administração sobre um reajuste salarial, onde houveram alguns cortes no salário. O grupo formado por funcionários do Pátio de Máquinas e motoristas, seguiu em caminhada, exibindo cartazes, até a sede do Sindicato dos Funcionários, Servidores e Prestadores de Serviços Público de Teixeira Soares (SINTEX'S). Estava prevista uma assembleia no local para discutir o caso. A classe afirma que já havia entrado em contato com a gestão, através de ofícios, pedindo as explicações necessárias, mas não obtiveram êxito, segundo eles. "Decidimos por conta própria parar neste dia, para saber sobre os cortes que vem sendo realizados. Tem funcionário que teve mais de R$ 700 cortado do salário. Nesta folha de pagamento já não veio o vale-refeição", disse Ênio Gobo, funcionário do setor rodoviário há 32 anos. Miguel Vieira, que é motorista de ônibus escolar, também participou do movimento. Segundo ele, representante da classe, que também está insatisfeita com os acontecimentos. O corte no valor do meu salário foi pouco, mas temos um adicional de tempo de serviço, onde o meu estaria em 12%, mas eles não conhecem esse reajuste. Foi baixado um decreto proibindo o pessoal de fazer hora extra, mas todos estamos fazendo o mesmo horário desde o início do transporte, falou.
O OUTRO LADO A Prefeitura de Teixeira Soares, através do secretário de Administração, Planejamento e Recursos Humanos, Levi Varella da Silva, explicou à nossa reportagem sobre os cortes realizados. Segundo a administração, foi uma regularização perante à lei. Em 2016, o então prefeito aprovou um plano de cargos de salários. A lei mandava fazer um reenquadramento de todos eles. Ao fazer isso, eles tinham lido um texto na Câmara, e aprovado um outro que não foi para o legislativo. Não se sabe se propositalmente ou não. Usaram uma regra e não a lei, disse o secretário. Segundo ele, o prefeito Lula Thomaz decidiu regularizar a situação, após um vereador levantar a questão, em abril deste ano. O Ministério Público manifestou que estamos corretos em corrigir. Houve um prejuízo ao erário, falou. Quanto à comunicação com os servidores, Silva afirma que a gestão fez um chamamento aos funcionários que, através de um programa de uma rádio da região, seria realizado todas as explicações sobre a ação. Além de enviar de forma adiantada o holerite com o novo vencimento. Com o reajuste, a folha de pagamento deve diminuir cerca de R$ 40 mil, segundo a Prefeitura. Os manifestantes sinalizaram que se não houvesse resposta por parte da administração eles entrariam em greve. Já a Prefeitura afirma que se o mesmo ocorrer, vai entrar com medida judicial amparada na lei.