Pesquisar
Close this search box.

Irati PR, 15:29, 18°C

Produção continua alta no município, de acordo com dados da Afubra
Foto: Arquivo Folha

Jaqueline Lopes

Um dos principais potenciais em Rio Azul é o cultivo do tabaco. O município é quarto maior produtor da cultura no Paraná. Mas, levando em consideração o número de famílias produtoras, a cidade assume a primeira colocação com mais de 2.600 famílias, que produzem juntas mais de 15 toneladas de fumo por safra, segundo dados do Sinditabaco.
A maioria dos produtores possui pequenas propriedades, por isso, a produção do tabaco é mais viável, mesmo que a última safra (2019/2020) tenha sido ruim para os fumicultores, em relação ao preço, muitos continuaram no ramo.
Porém este cenário pode mudar nos próximos anos no município. De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Rio Azul, Airton Moretto, existe uma estimativa de que a produção caia em 10%, pois muitos fumicultores estão descontentes com o valor praticado no tabaco. “Com o preço atual do produto no mercado, cerca de 10% dos produtores estão procurando alternativas, pois o preço não está favorável para continuar”, comenta.


O reajuste na última safra ficou entre 2 a 4%, mas no momento da comercialização, nos três estados do Sul do país, o preço praticado ficou em R$ 8,86 por quilo. A primeira estimativa para a safra de 2020/2021 é de 606.952 toneladas, nos três estados. Indicando a redução de 4% comparada à safra passada, que fechou em 633.021 toneladas.
No Paraná, a produção deve chegar às 157.794 toneladas (145.228 toneladas no Virgínia; 7.488 no Burley; e 5.077 toneladas no Comum), numa área de 69.421 hectares. O número de famílias produtoras é de 24.792. Os dados ainda não foram divulgados pela Associação.
Com isso, o município pode cair no ranking, mas já existe uma preparação para que os produtores não percam tempo. Segundo Moretto, “muito os agricultores procuram a Secretaria para conhecer novas alternativas e entrar em outro ramo. Eles comentam com a gente para trazer para o município alguma empresa que proporcione a eles alternativas para continuarem na agricultura”.
A Secretaria já faz um estudo para conseguir atender aos agricultores para que, se quiserem mudar de ramo, terem outras opções no município.

Leia outras notícias