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Objetivo foi demonstrar transparência e reunir esforços na recuperação da instituição regional
Foram apresentados relatórios relacionados aos atendimentos realizados pela entidade - Foto: Esther Kremer

Leandro Bianco, com reportagem de Nilton Pabis

Na segunda-feira (25), a Santa Casa de Irati realizou, em sua sede, uma reunião para apresentar à comunidade e ao poder público documentos, relatórios e números relacionados a transparência financeira da entidade e a porcentagem dos atendimentos mensais do SUS, convênios e particulares, além dos valores recebidos de cada um deles e os custos envolvidos todos os atendimentos e despesas do hospital.

O objetivo foi demonstrar a transparência da Santa Casa e reunir esforços para tentar recuperar a instituição regional. A Associação Comercial e Empresarial de Irati (ACIAI) é uma das entidades interessadas em discutir e encontrar soluções para resolver o problema relacionado ao déficit financeiro enfrentado pela Santa Casa. “Eu tenho reiteradamente dito, os desafios da Santa Casa são nossos desafios. A crise que a Santa Casa hoje enfrenta é uma crise que nos importa. O reflexo desse caos recai sobre nós. É dever de todos nós, sem exceção, abraçar essa causa. A reunião serviu para nós tirarmos quaisquer dúvidas. Eu saí da reunião satisfeito. Acho que alguns mitos caíram por terra, e, a partir de agora, é tempo de resolução. É tempo de encontrarmos soluções”, afirma o presidente da ACIAI, Renato Hora.

Uma das alternativas propostas pela Santa Casa é a suplementação orçamentária, com o repasse de valores dos municípios da região para a entidade, além de diluir o quadro de médicos plantonistas do hospital através do Consórcio Intermunicipal de Saúde. No entanto, ainda há discussões sobre a legalidade jurídica desses possíveis repasses, que seriam efetuados pelos municípios. Por isso, será agendada uma reunião no Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), com a participação de representantes da Santa Casa, das prefeituras da região, da ACIAI e do Consórcio de Saúde. “Para evitarmos que essa dúvida se perpetue, estamos buscando um encontro, um agendamento no Tribunal de Contas do Estado do Paraná, para que de lá venha uma resposta. Sendo possível, sob a ótica legal, gostaríamos de novamente envolver a Amcespar para estudarmos de que forma essa implementação pode ser realizada”, explica Renato Hora.

O provedor da Santa Casa de Irati, Ladislao Obrzut Neto, destaca que o valor repassado através do SUS não é suficiente para suprir os gastos da instituição e que é necessário o auxílio do poder público para resolver os problemas de falta de dinheiro e investimentos. “O SUS, que tem movimento maior, não consegue pagar aquilo tudo o que nós mantemos e nós vamos negociando, vamos trabalhando. Já estamos pedindo que os deputados estaduais e federais que representam Irati, assim como os novos comandantes dos municípios, se esforcem em trazer recursos para poder fazer frente aos gastos e as despesas da Santa Casa”, ressalta.

Luís Angelo Fornazari, presidente do Conselho Deliberativo, relatou que “realmente, a Santa Casa chegou no fundo do poço e necessita, agora, desse envolvimento de toda a comunidade. Não só a iratiense, mas toda a comunidade da região que se serve da Santa Casa, todos os empresários, nossos industriais, nossos comerciantes, a iniciativa privada. E, principalmente, a força política dos prefeitos da região, que têm seus deputados, que têm influência com o governador, com os secretários de Estado, todos têm que formar um conjunto para que eles, em uma força tarefa única, com um único objetivo, que é salvar a Santa Casa”, disse Fornazari.

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