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As aulas, que permanecem totalmente virtuais, acontecem com videochamadas entre professores e alunos, por meio da plataforma Google Meet. Dessa forma, os estudantes podem interagir ao vivo com os professores, assistindo ao conteúdo e tirando dúvidas.
Divulgalção SEED

A rede estadual de ensino do Paraná (cujo calendário escolar iniciou há um mês, em 18 de fevereiro) chegou à marca de 950 mil meets. As aulas, que permanecem totalmente virtuais, acontecem com videochamadas entre professores e alunos, por meio da plataforma Google Meet. Dessa forma, os estudantes podem interagir ao vivo com os professores, assistindo ao conteúdo e tirando dúvidas. Na segunda-feira (15) houve o recorde diário de meets neste ano letivo: 114.062.

“A aula ao vivo, interativa, se provou muito mais eficaz. É dessa maneira que estamos caminhando. Apoiando os professores para darem boas aulas”, disse Renato Feder, secretário estadual da Educação e do Esporte. 

 

Ele afirma que, por meio de um sistema de inteligência da secretaria, é possível verificar dados relativos aos meets e, assim, fazer diagnósticos do ensino virtual, além de planejar novas estratégias. “A gente consegue ver todas as aulas que foram e que não foram dadas; professor a professor, sala a sala, escola a escola. Podemos mostrar essas informações aos diretores, inclusive quais alunos estavam presentes nas aulas. Ao acompanhar isso, conseguimos ver se estamos sendo eficazes e pensar no que fazer para melhorar”.

Os professores, que começaram a se habituar ao ensino remoto em abril de 2020, pensam continuamente em estratégias para motivar os alunos a participarem dos meets. Um exemplo é Fabiane Siqueira, professora de Língua Portuguesa na Escola Estadual Maria Pereira Martins, em Curitiba. Ela usa o diálogo e a interação como ferramentas para cativar os estudantes do 6º e do 8º ano do Ensino Fundamental.

“Sempre prestei atenção aos meus alunos, em suas necessidades e carências. Agora, neste momento conturbado em que vivemos, todos estamos necessitando de acolhimento. Por isso, uma coisa simples que busco fazer é manter o diálogo com eles, escutá-los um pouquinho, interagir”, conta. “Nossos alunos, após um ano de estudos remotos, distantes da sala de aula física, longe dos colegas, de seus professores e do convívio diário, estão extremamente carentes de um olhar que os direcione para além dos conteúdos das disciplinas do dia a dia”, avalia a professora.
 

A maneira que a professora encontrou para prover esse acolhimento, adicionando a ele um elemento lúdico, foi levar um coelho Sansão, da Turma da Mônica, para as aulas virtuais. “Ganhei o bichinho de pelúcia em 2012. Desde então, mora no bolso do meu guarda-pó. Pedi para que os alunos também trouxessem seus coleguinhas de pelúcia, já que não podemos ter nossos amigos humanos por perto. Eles acataram a ideia e, em todos os meets, estão lá com seus bichinhos para ajudarem nos estudos e participarem das aulas”, conta. “É algo simples, infantil, até, mas que cativa e encanta, especialmente os mais novos”.

Marytta Rennó Masseli, professora de Matemática no Colégio Estadual João Bettega, em Curitiba, também busca recursos para conquistar o interesse dos estudantes pela disciplina. Ela utiliza, por exemplo, jogos interativos e um quadro para que os alunos possam acompanhar, visualmente, a resolução das questões. Além disso, propõe aos estudantes exercícios contextualizados, dentro de suas realidades, assim como faz durante as gravações para o Aula Paraná. “A Matemática precisa ser pensada além da caixinha, pois ela está interligada com várias coisas. Então, eu procuro trazer os porquês daquele conteúdo, a história de como ele surgiu. Assim, meus vídeos ficam mais atrativos”, diz. 

Para a professora, os esforços já trouxeram bons resultados neste ano letivo. “Fui até surpreendida neste primeiro mês. Espero que durante o ano todo a gente consiga continuar atingindo muitos alunos, trazendo-os cada vez mais para os meets.”

 

ANO LETIVO — Iniciado em 18 de fevereiro, o ano letivo de 2021 teve os seus primeiros sete dias (até o fim de fevereiro) focados em conteúdos de revisão pelo Aula Paraná na TV aberta, YouTube e aplicativo, além do kit pedagógico. Desde 1º de março, o foco passou então para as aulas por Meet, além de manutenção das plataformas do Aula Paraná e do material impresso.

Somente na primeira semana do mês houve uma média de 61 mil meets diários, número que subiu para 95 mil na semana passada, ultrapassando os 100 mil pela primeira vez na última quinta-feira (11).

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