TEIXEIRA SOARES
Qual o impacto da pandemia no município?
Lula Thomaz: É um momento difícil, e em Teixeira Soares não é diferente. Nós sofremos com a pandemia, tivemos, infelizmente, uma mãe de família que perdeu a vida, mas nós estamos trabalhando de forma preventiva, em um nível maior de conscientização da população para que, com as poucas armas que temos, a gente tenhaTeixeira Soares livre da Covid-19. Nós contabilizamos sete casos hoje, porém não temos nenhum caso ativo. Em nível de saúde foram feitas distribuição de máscaras de forma gratuita, bem como, de álcool gel, a Vigilância Sanitária está fazendo a fiscalização para que sejam cumpridos os decretos, copiamos muitas determinações que deram certo em outros lugares e podemos falar que Teixeira Soares está livre da Covid-19. Infelizmente, o momento é difícil, é uma crise que a humanidade vive sem precedentes que afeta diretamente na vida das famílias. Teixeira Soares chorou com a morte de uma mãe de família, mas a ações deram certo, porque o povo comprou a ideia da administração e fez o isolamento, tem feito o distanciamento o que nos permite flexibilizar as ações da pandemia.
Como são as tomadas de decisões neste período?
Lula Thomaz: Nós diminuímos essa carga quando dividimos essas responsabilidades. Nós promovemos um debate com as pessoas que entendem de saúde e fizemos as ações para que pudéssemos diminuir essa carga. Muitas vezes, as medidas são impopulares, fechar o comércio, flexibilizar horários, impor restrições, isso cai sobre o gestor, porém, graças a Deus, Teixeira Soares teve uma receptividade muito boa nas ações que o executivo promoveu, e entendeu isso. Eu sou o representante do povo, e tivemos o engajamento dele, que me deu sustentabilidade. Sei que são difíceis essas tomadas de decisões, causam forte impacto. Toda vez que gente mexe com o sistema que está rodando, muda o curso da engrenagem, ela causa certo desgaste, mas, neste momento, nós temos que esquecer a parte política e lembrar-se da saúde do povo, e foi isso que nós adotamos e, graças a Deus, a reciprocidade do povo em relação às medidas tomadas. Nós, como representantes, tivemos ações muito positivas, e só tenho a agradecer a população, e tenho que dizer que estou aberto a novas opiniões.
Qual é a atual crise do município?
LulaThomaz: Em Teixeira Soares não foi diferente do resto do país. O município sofre com queda abrupta de arrecadação de FPM e ICMS, porém, neste momento, existe a sensibilidade do Governo Estadual e Federal em procurar, dentro das suas possibilidades, repor estas perdas. Teixeira Soares passa por dificuldade, o nosso comércio tem restrições, passou por fechamento, existe essa dificuldade, porém, a economia chocalhou, balançou, empresas fecharam, micro empresas talvez não abram mais, mas nós precisamos nos reinventar enquanto empresários. Temos a Associação Comercial muito engajada em reverter esta situação. A economia está chacoalhada e não vai se resolver nos próximos meses, este retrocesso econômico que o mundo atravessou vai se refletir adiante. Precisamos de ações concretas neste momento, nós, enquanto consumidores, como gestores, estamos fazendo ações para que a economia local volte a girar.
Como é não poder comemorar o aniversário da cidade este ano?
Lula Thomaz: Nós estávamos preparando uma mega festa para este ano, maior que a de 2019, porém, quis Deus que ela não acontecesse. No ano do centenário fizemos desfile cívico, em 2018 tivemos a intempérie climática, não tínhamos clima para realizar a festa, o foco era cuidar das pessoas que perderam tudo que tinham. Em 2019, fizemos a maior Espotexas de todos os tempos, muita gente falando de forma positiva de Teixeira Soares. Essas festas têm ganho, muitos empresários vieram a Teixeira Soares naquele momento e começaram a fazer contato. As festas são feitas também para divulgar a cidade. Para este ano, não deu certo, mas o importante é termos saúde para fazer a festa em 2021. E não poderíamos deixar de comemorar os 103 anos, de perder o brilho, por isso, inovamos, fizemos lives, contamos histórias, fizemos o ato cívico, resgatamos, cantamos os três hinos, com um representante de cada setor e foi bom demais, foi uma forma diferente, e foi tão bom como se tivéssemos festa.
“Parabéns, Teixeira Soares: Mais uma vez, quero agradecer a oportunidade e dizer o quão sou feliz em ser um teixeirasoarense por adoção e que constitui aqui o maior bem que tenho, que é a minha família. Agradeço muito ao nosso criador, Deus, pela oportunidade que me deu, e poder, nesta data festiva de 103 anos de Teixeira Soares, anunciar a melhor política aplicada pelo governo Lula e Juliana é a política de emprego, que presenteamos com a Kadesh e será implantada aqui nos próximos meses. A Prefeitura entra com a infraestrutura e a empresa com o seu potencial, sendo a maior empresa do Brasil no ramo calçadista. Desta forma, queremos agradecer a todos, agradeço por estar à frente da Prefeitura, estamos na maior crise e Deus me escolheu, me capacitando para cumprir esta jornada. Teixeira Soares nasceu através da linha férrea e os trilhos do progresso estão aí, é visível”.
IRATI
Qual o impacto da pandemia no município?
Jorge Derbli: No ano passado, no aniversário de Irati, a gente estava em uma grande festa no Rodeio e todas as outros eventos que são realizadas no mês de julho, ninguém imaginava que este ano estaríamos nesta situação, o impacto é muito grande. Em Irati não é diferente a situação, a restrição, a cautela, o perigo que temos com a saúde pública, os casos que vêm aumentando dia a dia na região, a gente fica tenebroso com isso, com esta situação, ninguém sabe até quando vai isso, mas existe muita gente que fala, mas ninguém tem a certeza de quando vai encerrar. Acho que irá passar logo, mas o impacto é muito grande, mudou a rotina de todo mundo. Agora, tivemos que fazer o decreto do lockdown nos fins de semana, é uma pressão muito grande no gestor, de um lado a saúde pública, preservando a vida, e do outro o lado econômico que as pessoas precisam ter esse ganho. Então é difícil, mas temos que tomar algumas atitudes que não vem ao contento de todos.
Como são as tomadas de decisões neste período?
Jorge Derbli: A melhor decisão que existe é preservar vidas. Embora tenham opiniões contrarias, que esta doença não é tudo que se fala, temos comprovado. A gente toma decisões, não baseadas em Face book, no que as pessoas falam, têm muitas que têm o dom da medicina e nunca foram médicos, somente para dar palpites, mas nos baseamos no que os médicos nos falam, no que a saúde, a equipe de Epidemiologia, Vigilância Sanitária, o nosso Conselho, a Santa Casa, que realmente a situação está difícil. Temos 91 casos em Irati, com três pessoas internadas. É uma decisão difícil, ao invés de fazer festa, em um momento de felicidade e descontração, estamos ao contrario, temos que ficar em casa. Com certeza teríamos várias atividades, mas temos que tomar as decisões, é difícil, não só em Irati, mas em toda a região, de manter a tranquilidade e ter essa compreensão. É um momento diferente, é assim para a gente comemorar o aniversário em casa, mas infelizmente, tive que fazer isso. Se erramos ou acertamos vamos saber lá na frente. Certo ou errado é o prefeito tem que tomar uma atitude para proteger a população, e eu tomei pensando na saúde das pessoas.
Qual é a atual crise do município?
Jorge Derbli: A crise econômica é geral, no Brasil inteiro, o Governo está nos ajudando, repondo situação difícil. A coleta de impostas diminuiu, porque o faturamento das empresas também diminuiu. O imposto vem da mesma forma, em um declive. A nossa proposta aqui é não fechar nenhuma porta, do maior comerciante ao menor, para que todos tenham a mesma oportunidade de trabalhar. Sei que é difícil, que alguns têm atividades e remuneração maior no fim de semana, mas nós não fechamos nenhuma empresa em Irati e demos a oportunidade de trabalhar 10h por dia, de segunda a sexta. Tem que se adequar, que deixar de ir ao mercado no fim de semana, por apenas dois sábados. A ideia é não prejudicar ninguém, e não favorecer ninguém, porque se eu faço horários determinados para outros. Após o termino do decreto, dia 21, vamos ter novo decreto com flexibilidade de horários e vamos ver como está a situação dos casos no município. Mas a crise, com certeza, pegou todo mundo, todos estão sobrevivendo, lucro nem pensar. Temos que sobreviver, ter para pagar as contas e esperar que o ano que vem termine esta pandemia e volte ao normal.
Como é não poder comemorar o aniversário de Irati este ano?
Jorge Derbli: Todos os anos fazemos uma grande festa e o rodeio era o enceramento, mas está tudo parado, todo mundo entende, é consciente, pelo menos a grande maioria, que em momento algum podemos ter qualquer atividade, qualquer aglomeração. Mas teremos mais anos de rodeios e outras festas que vão acontecer em Irati. Tivemos as lives do “Valores da Terra” e a gente quis dar a oportunidade aos talentos daqui, os cantores artistas locais. Abrimos espaço para que as pessoas tenham esta oportunidade, porque esses setores de músicas e shows são os mais prejudicados, porque fechou em março, e não sabemos quando vai voltar, pode ser que as aulas voltem antes, mas os shows e festas talvez não aconteçam neste ano.
“Parabéns, Irati – Acho que em momento algum o município passou por um período tão difícil, como esta pandemia da Covid-19, tivemos outros problemas como enchentes e muitos outros, mas foram passageiros. Este nosso é o que mais se prolongou. Irati, nestes 113 anos, está vivendo um momento difícil, mas as pessoas continuam confiando na cidade. Ela está crescendo, embora com toda essa questão econômica que estamos enfrentando, o povo trabalha, tem fé e coragem. E quero aproveitar e dar parabéns a todos os iratienses, pelo trabalho, fé, coragem e compreensão que estão tendo para passar este momento difícil, e o mais breve o possível, volte a vida normal. Parabéns, Irati. Parabéns a todos vocês, a nossa cidade e que Deus nos ajude, e que a gente volte o mais rápido possível ao normal”.
RIO AZUL
Qual o impacto da pandemia no município?
Rodrigo Solda: A gente trabalha em equipe em Rio Azul, fazemos as coisas com planejamento, organização, e conseguimos fazer este enfrentamento da pandemia, deste caos e esta histeria que alguns estão proporcionando. Estamos tomando as medidas, é isso que importa, e tudo isso tem a ver com a gestão pública, com o que o gestor tem que fazer no dia a dia, semana por semana, mês a mês e durante os quatro anos. Têm coisas que não podem ficar para amanhã, tem que enfrentar. Este é o momento de refletir e analisar o que nós queremos para Rio Azul daqui para frente. O mundo passa por um choque de realidade e mostra como a gente, de forma individual, depende de alguém para nos ajudar. Isso é tem um significado grande para a cidadania, para as pequenas cidades, como é o nosso caso. Essa reflexão é que temos que olhar com prioridade as ações políticas, as atitudes e o trabalho que precisam ser desempenhados. Temos que pensar daqui para frente, estamos conseguindo fazer este enfrentamento, conseguindo manter em ordem a administração e o município está seguindo.
Como são as tomadas de decisões neste período?
Rodrigo Solda: Você tem que apagar incêndios e lidar com imprevistos. Aquele orçamento que foi planejado, as leis que passaram pela Câmara, que determinavam a quantidade de gastos, isso caiu por terra. Cada cidade está tendo que rever seus gastos, porque cai arrecadação em nível de Brasil, cai proporcional ao tamanho de cada município, e a gente precisa se adaptar e lidar com o imprevisto. Então, é isso que a gente vem fazendo, temos que centralizar as ações, mostrando quais são as prioridades, e o que é óbvio que são dentro da Saúde. Sabemos que os gastos vão aumentar. O que nós temos que fazer, as ações, os planejamentos, a gente fez de antemão quando foi anunciada a pandemia, o comitê, os decretos, nos adequamos a todos as legislações da Defesa Civil nas medidas que tomamos, de acordo com a nossa realidade, é assim que agimos.
Qual é a atual crise do município?
Rodrigo Solda: A nossa cultura predominante é o tabaco, que a gente sabe que não tem prioridade nas ações e medidas do Governo. Isso é um agravante para nós, sabemos que a safra é concentrada, é só uma vez ao ano, e acaba gerando um estresse maior ainda, têm datas estatuídas, e a produção depende de mercado externo, o dólar oscilou, a gente vê a diminuição no número de exportações. E aconteceu algo totalmente contraditório, atípico, aumentou a produção. Em Rio Azul, temos qualidade, superprodução e não temos mercado para exportar ainda, está sendo postergada esta questão da estocagem, armazenagem e fechamento da venda externa, e isso está prejudicando muito. As cidades produtoras, fumicultoras, vão ser bastante afetadas e também quem depende disso. O que vai acontecer com os municípios só saberemos daqui seis meses, um ano ou dois, porque o retorno da taxação do imposto nosso, principalmente relacionada ao consumo, não é imediato.
Como é não poder comemorar o aniversário da cidade este ano?
Rodrigo Solda: A maneira de a gente parabenizar o município, valorizar o que é nosso, é cada um fazer a sua parte. Abrimos mão de várias ideias, movimentos, festejos, eventos, comemorações, ainda mais que é o último ano de mandato, e a gente queria fazer algo significativo para as pessoas, mas não, agora, ficamos em casa. Temos tudo registrado da grande festa que foi o centenário e quem quiser pode acompanhar nas redes sociais da Prefeitura. As pessoas podem relembrar a grande festa feita há dois anos.
“Parabéns, Rio Azul: Tenho que parabenizar aqueles que acreditam, que têm coragem com todas essas dificuldades ainda abrir a porta do comércio, plantar na lavoura, animar os filhos e filhas e dar amparo para os seus pais e avós, aqueles que prezam pelo bem do próximo, eu tenho certeza que foram esses e são esses que constroem e fazem o que é Rio Azul hoje. O município tem inúmeras histórias e passagens de gente que fez muito e, talvez, não tenham sido lembradas, e não tiveram a oportunidade para se comunicar. É para esses que dou parabéns, que deixaram, que estão fazendo junto com a gente Rio Azul um lugar melhor”.