Agricultores familiares de Rio Azul, na região Centro-Sul do Paraná, receberam as chaves das suas novas moradias nesta quinta-feira (13). São 12 imóveis que foram construídos dentro das propriedades dos agricultores e receberam subsídios públicos de R$ 28.500 cada um, sendo que apenas 4% do valor será devolvido pelas famílias atendidas em um financiamento com quatro prestações anuais de R$ 285. A realização do projeto teve o Banco do Brasil como agente financeiro e a Cohapar como entidade organizadora, com recursos do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), uma parceria entre instituições para viabilizar moradia a agricultores de baixa renda.
A Prefeitura de Rio Azul e a Emater também participaram ativamente do projeto por meio do cadastramento, assessoria e acompanhamento social do público beneficiado. Cada unidade possui 48 metros quadrados, que são dispostos em dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço interna, com possibilidade de ampliação já prevista nos projetos arquitetônicos. O modelo das unidades foi desenvolvido pela equipe de engenharia e arquitetura da Cohapar, já previamente aprovado pelos parâmetros do programa, o que permite mais agilidade na contratação dos projetos em todo o estado. Segundo o coordenador regional da Cohapar Elmar Vornes, a entrega das moradias representa uma grande conquista na vida dos produtores. Rio Azul é um município tipicamente agrícola e essas famílias são batalhadoras e merecedoras dessa conquista. Com certeza a qualidade de vida delas vai melhorar significativamente, afirma. De acordo com o prefeito, Rodrigo Skalicz Solda, as obras só foram possíveis graças à atuação integrada entre a administração municipal e o governo estadual. Temos um retorno muito importante da parte da Cohapar. Tanto que essas famílias voltaram a acreditar no poder público, diz o gestor municipal. Muitas das casas onde elas moravam não tinham sequer banheiro. Outras, não comportavam todos os membros da família de maneira confortável. Agora todos têm privacidade e comodidade, completa Solda.
VIDA NOVA – A casa fria e antiga de madeira onde o casal de pequenos agricultores Áurea Cordeiro Storer (57) e Darci da Luz (60) moraram nos últimos 15 anos deu lugar a uma nova moradia de alvenaria. A gente usava plástico nas janelas porque elas não tinham vidros e no inverno era um sofrimento porque a casa ficava muito gelada, relata Áurea. O nosso banheiro ficava para o lado de fora da casa. Isso era muito ruim, lembra a produtora. De acordo com Áurea, o casal pratica agricultura de subsistência, que é o plantio para consumo próprio, e têm uma filha de 16 anos e uma neta de sete que vivem com eles. Estamos muito felizes e agradecidos porque realizamos um sonho. Ficamos mais tranquilos em saber que agora vamos deixar nossas meninas mais seguras, comemora.