Kauana Neitzel
A cidade de Irati está completando os seus 116 anos no dia 15 de julho de 2023. Em ação alusiva ao aniversario da cidade, o Jornal Folha de Irati realizou uma entrevista exclusiva com o prefeito Jorge Derbli, que está caminham para o final do segundo mandato à frente da Prefeitura, para falar sobre as conquistas nos últimos anos e a expectativa para o futuro.
Como o prefeito avalia estes seis anos e meio à frente de Irati?
É pouco tempo para fazer tudo que eu queria fazer. Esse ano e meio que falta vai ser muito corrido para nós concluirmos o que já está programado, o que já tem verba para fazer. Avalio que nós fizemos um bom trabalho, nós nos dedicamos em todos os setores do município, não foi só no CT. As pessoas falam que eu invisto muito CT, eu invisto onde tem dinheiro, onde tem recurso, onde eu consigo com os deputados. Investimos no CT, pois no futuro quero que seja um grande parque de exposições e um centro de eventos, que a estrutura física vai proporcionar a toda a sociedade de Irati, para fazer eventos de todos os tipos aqui para arrecadar dinheiro as entidades.
Quem é o prefeito Jorge Derbli que administra a cidade? É o prefeito empresário? É um prefeito construtor?
Hoje é um prefeito diferente. Eu ainda continuo com as minhas atividades rurais, criando gado, cavalo. A leiteria eu parei, por enquanto, mas a gente no ramo público, nesses seis anos e meio que eu estou, começa a conhecer outros seguimentos da sociedade. Eu estou mais envolvido na cultura, educação, saúde, segmentos que eu não tinha, digamos, essa habilidade. Começamos a aprender com o tempo e isso que eu levo de legado hoje. Pela passagem minha, por esses oito anos a frente da administração, eu levo o conhecimento de que nós trabalhamos em todas as áreas, não só na pavimentação, na melhoria dos postos de saúde, na questão cultural de Irati, que evoluiu muito. Aprendi muito, não vim só com o espírito de construtor, também que eu tinha da parte agrícola, mas, hoje eu sou um conhecedor, digamos, de um pouquinho de cada setor e é isso que nós estamos fazendo, investindo e eu saio realizado. Oito anos é pouco tempo, mas para administração, para quem quer fazer grandes projetos ainda vai faltar tempo para concluirmos o recurso que conseguimos. Essa afinidade, essa sintonia com o Governo do Estado, com os deputados estaduais, federais, nos proporcionaram essa questão de ter recurso pra executar a obra para melhorar Irati.
Qual o sentimento de entregar uma obra, como o Condomínio do Idoso, sendo uma obra inovadora?
Você ser pioneiro em um projeto que de certo já é uma tranquilidade de algo que você leva como uma benfeitoria. O CT é uma das coisas que acontecem durante o ano no local. Como a deputada Leandre trouxe, fomos atrás com a Ieda, conseguimos parte do recurso com o Governo do Estado, parte dos cofres da Prefeitura e o que a obra do Condomínio do Idoso vai proporcionar com a piscina de água quente para as pessoas da terceira idade fazerem seus exercícios. Quanto a parte de lazer, entretenimento e até estudo, com os computadores e celulares. Vai ter a clínica do idoso com médico, alimentação, isso tudo vai resolver muito a situação do idoso que precisa passar o dia sozinho, um problema muito sério para as pessoas que não tem onde ficar.
Como a Prefeitura busca envolver a população dentro das ações sociais?
Nós temos na Assistência Social em torno de mais de duas mil famílias carentes terem uma casa própria. Nós conseguimos as 174 casas de Engenheiro Gutierrez, mas isso é pouco, é 10% do que eu preciso. E nós criamos, junto com os vereadores, o projeto das 100 casas, licitamos 40, a empresa ganhou, mas está com dificuldade para fazer. Entregamos 10 agora e temos mais 30 licitados. Mas nós estamos pensando em compra um loteamento que fizeram 70 casas e não venderam nenhuma, estamos em negociação com a Caixa Econômica Federal para adquirir essas casas prontas, pois sabemos que demora muito tempo a fazer e esse loteamento, inclusive, já tem uma infraestrutura de asfalto, de água, de esgoto e de rede de luz. Então, está pronto para morar. Dinheiro nós temos, o que nos impede é a burocracia, mas acredito que em pouco tempo vamos conseguir.
O senhor, prefeito Derbli, está deixando Irati preparada para receber novas empresas?
Sim, os condomínios industriais da cidade, infelizmente, não tiveram a infraestrutura desejada. Os prefeitos compraram esses terrenos e fizeram o possível dentro do seu tempo, mas não conseguiram. Nós estamos pavimentando a Vila São João, queremos ver se pavimentamos pelo menos parte do condomínio da 277, a lei já foi pra Câmara sendo aprovada em primeira votação a venda desses terrenos. Então, nós queremos com essa lei dar oportunidade de as pessoas investirem, criarem mais emprego, gerarem mais renda e ao mesmo tempo terem a possibilidade de ter a matrícula do terreno do condomínio industrial. Isso está acontecendo e nós temos muitos planos na questão da indústria. A Yazaki já está com 1.200 funcionários, ampliando pra 2.400, é a maior empresa e vai se tornar a maior fábrica da América Latina, a maior planta da Yasaki, segundo a diretoria. A Prefeitura está cedendo, também, um terreno para fazerem ampliação e já está com o investimento perto de 20 milhões, ampliando essa planta que já vai contratar de imediato 600 e tem mais a segunda etapa de mais 600 funcionários e tem mais coisa ainda para acontecer, mas estou aguardando para anunciar.
Em relação a pavimentações no interior do município, Derbli relata que já contatou diversos deputados estaduais e federais para conseguir recurso para a ligação do Pirapó até o asfalto, cerca de 500 metros restantes para a finalização. Depois dar continuidade para o Itapará com ligação até Gonçalves Junior. São diversos projetos e obras em andamento para melhorar a infraestrutura de Irati.
