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Setores da indústria, comércio e construção civil serão impactados positivamente com o pacote de obras anunciado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior

AEN

O pacote bilionário de investimentos em infraestrutura anunciado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta terça-feira (07) vai gerar cerca de 40 mil empregos diretos e indiretos, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).Os novos postos de trabalho serão gerados ao longo dos próximos dois anos e vão impactar diretamente os setores da construção civil, indústria e comércio. Outro dado importante é o crescimento previsto de 0,4 ponto percentual do PIB em 2023.

pacote de R$ 3,4 bilhões é o maior já realizado na história do Paraná, garantido com recursos próprios da economia paranaense. Segundo o governador, não é um lançamento para esta gestão, mas um projeto para o futuro do Paraná. “Essas obras serão iniciadas em 2023, mas também estamos deixando como legado um novo pacote de projetos para os próximos 8 ou 10 anos, para as próximas gestões, para transformar a infraestrutura do Estado”, disse Ratinho Junior.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter, que participou do lançamento, explicou o tamanho do impacto para o setor industrial.

“Eu desconheço outro estado do Brasil, com exceção de São Paulo, que tenha recursos para realizar um investimento tão grandioso. Nós acompanhamos o trabalho do governador, juntamente com seus secretários e a Assembleia Legislativa. Os dados apresentados são calcados em números reais da economia paranaense. Isso traz segurança para o setor e impacta diretamente na geração de empregos, nas obras, na indústria, e no principal, que é a dignidade do empregador no Paraná”, explica o presidente da Fiep.

O engenheiro Nelson Luiz Gomez, membro do colégio de presidentes do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), prevê crescimento para o setor da construção civil nos próximos anos e também destaca a importância da contratação de novos projetos e estudos, pensando no futuro da infraestrutura do Estado.

“Vemos engenheiros que abandonaram a engenharia e que agora vão ter a oportunidade de voltar a exercer o trabalho no qual são formados. Com a estimativa do Ipardes de 40 mil novos empregos, certamente nós teremos no mínimo 5% de engenheiros, que somam pelo menos 2 mil empregos. Mas o mais importante é que esse é um projeto de Estado e não de governo porque não pensa apenas nessa gestão. A contratação de estudos e planejamento para novas obras é fundamental para o avanço da infraestrutura, não só para os próximos quatro anos”, analisou.

Para o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, um dos grandes desafios do Poder Público é lidar com a concentração cada vez maior da população nos grandes centros urbanos, o que empurra a demanda por investimentos. “A prévia do Censo aponta uma concentração populacional nas grandes cidades, o que gera uma pressão para os gestores públicos na questão de mobilidade”, afirmou. “Curitiba e Região Metropolitana, para se ter uma ideia, concentram 40% da população paranaense. Então, é necessário darmos alternativas de trânsito para que a gente não tenha problemas no futuro”.

Ele também destacou a continuidade do Banco de Projetos, iniciado em 2019 e que possibilitou esses investimentos neste ano. “O Estado tem um olhar de médio e longo prazo. Seguindo a mesma lógica, serão aplicados mais R$ 100 milhões para novos projetos, que têm um potencial de gerar cerca de R$ 3,6 bilhões em novas obras”, concluiu Silva.

OBRAS – O investimento garante novas duplicações, pavimentações e melhorias de rodovias e vias urbanas, além da construção de pontes e viadutos, modernização de estradas rurais e novas estruturas portuárias para potencializar o setor.

No total, são 16 grandes obras rodoviárias do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR) e da Agência de Assuntos Metropolitanos (Amep), além de um pacote de revitalização de 195 pontes e obras de arte rodoviárias (trincheiras e viadutos), implementação do Moegão no Porto de Paranaguá e pavimentação de mais cerca de 75 quilômetros de estradas rurais, beneficiando de 20 a 30 municípios.

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