Jaqueline Lopes
Irati passará a ter um Centro de Saúde Erasto Gaertner, que será possível graças a junção da Unidade Avançada do Erasto com o Hospital Agnus Dei, as tratativas tiveram o apoio do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amcespar) e da Amcespar. Com isso, o atendimento a pacientes com câncer será ampliado na região.
O Agnus Dei será reformado e com uma nova estrutura atenderá também os pacientes de oncologia, e será integrado com o portifólio que o hospital já possui. Assim, todos os atendimentos feitos no Centro médico continuam. A previsão é que os serviços oncológicos comecem no início de 2022.
Todos os prefeitos e secretários de Saúde, que fazem parte do CIS/Amcespar, colaboraram para que houvesse esta fusão, inclusive de Prudentópolis, que participa da Amcespar. A presidente do CIS/Amcespar e prefeita de Fernandes Pinheiro, Cleonice Schuck, comenta que a junção dos hospitais no atendimento dos pacientes foi um planejamento que já ocorria ao longo de vários meses e buscaram dialogar com os diretores dos Agnus Dei, procurando uma tratativa das duas partes para que houvesse essa parceria.
Com esse novo atendimento, serão otimizados os serviços das Secretarias de Saúdes, em que haverá mais motoristas disponíveis, economizando em combustível e nos desgastes dos veículos. Além de trazer mais economia aos cofres públicos. O conforto dos pacientes que utilizam dos tratamentos oncológicos também foi garantido pela junção dos hospitais.
Hoje, a Unidade do Erasto Gaertner de Irati atende todos os municípios da 4ª Regional de Saúde. No total, 75% dos pacientes oncológicos de todas essas cidades são atendidos. Com a nova unidade, o objetivo é atender 100% da população regional com apoio do Governo do Estado do Paraná, e evitar que os pacientes saiam das cidades, diminuindo gastos com transporte, entre outros e, ainda, manter esses pacientes perto das famílias no momento desafiador que é o tratamento do câncer.
A junção dos hospitais no atendimento dos pacientes do CIS vai evitar a dificuldade que os mesmos enfrentavam em precisar se deslocar até outras cidades em busca de tratamento. “Contamos muito com a sensibilidade do Governo do Estado neste momento, do governador Ratinho Jr, do secretário de Saúde Beto Preto, para que possa haver a concentração de todos os trabalhos da 4ª Regional de Saúde no Erasto em Irati. E, assim, a população tenha mais tranquilidade para receber os atendimentos”, disse.
O Cis, secretários de saúde e prefeitos da região trabalham agora, junto ao Governo do Estado, para ajustar as tratativas e não depender mais da prefeitura de Curitiba para os atendimentos oncológicos da regional. “Esperamos que logo tenhamos essa resolutividade, para que toda a população da regional de saúde possa ser atendida nessa nova estrutura”, completa Cleonice.
Um dos sócios do Agnus Dei, Dr. Marcelo Chuchene, frisa que com a nova estrutura será possível um maior desenvolvimento do hospital. Houve interesse por parte dos proprietários e a possibilidade de crescer e agregar mais ainda ao hospital tornou essa junção possível. “Toda a estrutura do Agnus Dei, os serviços prestados, continuam. Será agregada a oncologia e, assim, em um cronograma de crescimento, vai possibilitar coisas que o Agnus ainda não tem, um hospital maior, com mais capacidade. O nome muda, mas os atendimentos permanecem”, comenta. Os sócios estão reformando o espaço ao lado do hospital em que ficarão os consultórios. No hospital também terá a parte de internação. O processo de mudança de local ainda não está finalizado, e deve acontecer até o próximo ano.
Adriano Lago, superintendente do Complexo de Saúde Erasto Gaertner, destaca este importante passo para tratar os pacientes. “É uma enorme alegria poder comemorar nosso quarto aniversário de trabalho em Irati. A alegria aumenta com a oficialização da nossa primeira fase de expansão. A parceria firmada com os sócios do Hospital Agnus Dei, proporcionará mais conforto e segurança para nossos pacientes erastianos, que já são atendidos em Irati, bem como, trazer e somar toda nossa experiência e conhecimento para os pacientes já atendidos pelo hospital. Este fortalecimento proporcionará mais estrutura e tecnologia para atender bem toda a região de Irati”, afirma.
Para o presidente da Amcespar e prefeito de Inácio Martins, Junior Benato, “esta fusão vai ampliar as ofertas de serviços para a nossa regional no que se refere a consultas e exames especializados. Além de ter um ambiente muito mais humanitário, amplo, mais moderno e com mais espaço físico para acolher as pessoas. Se houver o convênio com o Erasto e Governo do Estado, poderão ser feitos procedimentos como biópsias e pequenos procedimentos cirúrgicos. A nossa intenção é que a oferta de serviço da área de oncologia, pelo hospital de referência Erasto Gaertner, agora em um ambiente maior, seja, além da qualidade no atendimento, ampliado”, destaca.
Em nota enviada pela Secretaria de Comunicação Social de Irati, o prefeito Jorge Derbli relata que não tem conhecimento da forma como a fusão dos Hospitais Erasto Gaertner e Agnus Dei está sendo discutida. Derbli ainda diz que não foi procurado pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS) e nem pela diretoria do Erasto Gaertner para participar desta negociação.
O investimento para a reforma da unidade será de R$1 milhão, em parceria com os municípios da 4ª Regional de Saúde. Além disso, mais R$ 4,5 milhões serão para aquisição de equipamentos, como mamógrafo, mesas cirúrgicas para procedimentos de baixa e média complexidades, entre outros.
ESTRUTURA
Com a inauguração do Centro de Saúde Erasto Gaertner, o local passará a contar com uma estrutura com três consultórios, nove poltronas (nas salas de manipulação de quimoterapia), e farmácia, da Unidade de Irati, para um centro com três salas cirúrgicas, 15 leitos de enfermaria, inclusive, ampliações para abrigar um centro de diagnóstico por imagem e ofertar melhor qualidade de ambiente para os pacientes.
O Centro de Saúde Erasto Gaertner não atenderá apenas a oncologia. Haverá uma junção de atendimento de todo o portfólio que o Agnus Dei já atende anualmente, para pacientes oriundos do SUS (a partir do contrato com o Consórcio Intermunicipal de Saúde), de convênios e particulares.