Profissional tem por missão prover de meios para a produção sustentada dos recursos florestais para o benefício das gerações atuais e futuras
Eng. Flor. Eduardo da Silva Lopes
Presidente da AEFLOR
CREA-MG: 59.603/D
No dia 12 de julho comemoramos o dia oficial do Engenheiro Florestal, cuja data é uma homenagem a São João Gualberto, santo católico italiano que faleceu no dia 12 de julho de 1073 e que, posteriormente, no século XX, foi reconhecido pelo Papa Pio XII como o “Protetor dos Engenheiros Florestais.” Além do contexto histórico, a data é marca pelo reconhecimento e a valorização da profissão do Engenheiro Florestal.
No Brasil, a Engenharia Florestal é marcada a partir da criação e instalação da primeira escola de florestas, em 1960, na Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa-MG, sendo posteriormente transferida em 1963 para a Universidade Federal do Paraná, em Curitiba-PR. Atualmente, o Brasil conta com 76 cursos de graduação em Engenharia Florestal, distribuídos em 25 Estados e no Distrito Federal, além de diversos cursos de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado. No momento estão atuando na profissão, aproximadamente, 16.437 Engenheiros Florestais registrados nos Conselhos Profissionais Regionais em todo o país, sendo 1.936 profissionais no estado do Paraná.
O profissional Engenheiro Florestal tem por missão prover de meios para a produção sustentada dos recursos florestais para o benefício das gerações atuais e futuras. Entretanto, é importante mencionar que, a produção sustentada pode ser entendida como todo produto originado das florestas, sejam bens materiais com foco na produção (madeira, folhas, frutos, sementes, cascas, extrativos, etc) ou bens imateriais com foco na proteção (regulação do clima local e global, regulação do fluxo hidrológico, proteção do solo e da fauna, carbono estocado, bem-estar da população, etc). Todos estes produtos não são concorrentes entre si, mas complementares, ou seja, podemos ter uma floresta produtora de madeira que também desempenha importante papel de proteção, e desta forma, conciliando o uso sustentável com a conservação dos recursos naturais.
E para cumprir essa nobre missão, o Engenheiro Florestal, por ocasião de sua formação nas universidades, adquire diversos conhecimentos técnicos e científicos, permitindo atuar no atendimento à sociedade nas seguintes atividades: avaliação e perícias ambientais; arborização urbana; cartografia e geoprocessamento; colheita e logística; construções rurais; ergonomia e segurança do trabalho; estradas rurais; solos e nutrição de plantas; gestão dos recursos naturais; gestão de unidades de conservação; incêndios florestais; manejo de bacias hidrográficas; manejo de florestas plantadas e naturais; manejo de fauna silvestre; mensuração florestal; melhoramento florestal; paisagismo; produção de sementes e mudas; florestamento e reflorestamento; recuperação de áreas degradadas; recursos energéticos; sistemas agrosilvipastoril; tecnologia e industrialização de produtos madeiráveis e não madeiráveis; topografia e elementos de geodésia. Posteriormente, conforme estabelece a legislação, para o exercício profissional, os Engenheiros Florestais necessitam fazer o seu registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, que no caso do Paraná é o CREA-PR, autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização das empresas e profissionais das áreas das engenharias, agronomia e geociências, cuja missão é valorizar as profissões e seu exercício ético em defesa da sociedade. Por outro lado, temos as associações ou entidades de classes que tem por atribuição congregar os profissionais e as pessoas interessadas na promoção, no aprimoramento cultural e na formação continuada dos profissionais.
Em nossa região temos a Associação dos Engenheiros Florestais da Região Centro-Sul do Paraná (AEFLOR), que congrega os profissionais de diferentes muncípios com as seguintes finalidades: representar os profissionais na defesa de seus interesses e direitos em âmbito regional, estadual e nacional; discutir e acompanhar projetos, ações e atividades do setor florestal; participar de forma ampla e decisória nas políticas ambientais; promover eventos técnicos (palestras, seminários e cursos de atualização) de interesse dos profissionais; representar em ações governamentais e não governamentais de interesse da classe; auxiliar no desenvolvimento da educação e da cidadania na microrregião; e representar os profissionais da associação no CREA-PR.
Neste sentido, ao celebrarmos o Dia do Engenheiro Florestal, os profissionais da AEFLOR renovam o compromisso e colocam-se à disposição da sociedade no sentido de orientar a comunidade, as empresas e as organizações na escolha das melhores técnicas e estratégias para o uso sustentável das florestas. Entendemos que somente com o nobre trabalho dos Engenheiros Florestais, seremos capazes de buscar o equilíbrio entre a produção e a conservação dos recursos naturais, contribuindo para o desenvolvimento social, econômico e ambiental de nosso país.