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As mudas são distribuídas para entidades, escolas e projetos parceiros e o contato dos estudantes começa desde a primeira série do Ensino Médio
Colégio Florestal de Irati é destaque noplantio e produção de mudas
Foto: Silvio Turra/SEED-PR

Esther Kremer e AEN

A instituição, que atende 350 alunos, é o primeiro colégio florestal gratuito da América Latina e funciona em um terreno de 170 hectares. O viveiro da unidade funciona como sala de aula e tem capacidade para produzir um milhão de mudas por ano, processo acompanhado pelos alunos.


As mudas produzidas no local são distribuídas para entidades, escolas e projetos parceiros. Em setembro, 40 mil mudas de espécies nativas foram encaminhadas aos colégios agrícolas do Paraná, no lançamento do projeto AgroFlorestas, da Secretaria Estadual da Educação (Seed). Além disso, as mudas ficam disponíveis para recomposição de áreas degradadas ou como compensação de empresas em áreas de reflorestamento.


A diretora geral do Colégio, Mariane Pierin Gemin, falou sobre a excelência do estudo e o destaque da instituição. “É um orgulho muito grande, perceber o quanto Governo do Estado nos apoia, a nossa equipe de funcionários e professores, na questão da expansão do Colégio, pois quando os alunos se sentem bem, tem um rendimento escolar suficiente e várias ações acontecendo simultaneamente, é um orgulho muito grande”, disse.


Dos 64 colégios pertencentes aos 64 municípios do Núcleo Regional de Educação de Irati, o Centro Florestal teve a segunda melhor pontuação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado em agosto. Segundo o levantamento, a escola registrou 6,3 pontos na avaliação.

Colégio Florestal de Irati é destaque noplantio e produção de mudas
O Colégio Florestal de Irati é o primeiro colégio florestal gratuito da América Latina – Foto: Ricardo Ribeiro/AEN


VIVEIRO COMO SALA DE AULA
O diretor da Unidade Didático Produtiva do Centro Florestal, Igor Felipe Zampier, falou sobre a ampliação do viveiro do Colégio que funciona, também, como sala de aula para os alunos. “Nós tínhamos uma estrutura um pouco defasada em relação a produção de mudas e, como uma instituição de referência na nossa região e no Brasil, nós tivemos essa percepção de que se nós não tivéssemos essa melhoria da qualidade do viveiro, das estruturas, nós não teríamos como repercutir da forma como está sendo”, explica.


Ainda, Zampier comenta que a partir desse momento, junto com as aulas práticas de viveiro, foi começado a produzir mudas de espécies nativas e espécies reflorestadas, especificamente pinus, eucalipto e erva-mate. “Os professores começaram a trabalhar com aulas práticas, de produção de mudas, e isso gerou um excedente grande no colégio e começamos a desenvolver projetos. No projeto de AgroFlorestas nós entregamos 40 mil mudas para a Secretaria de Educação destinar as mudas para os colégios agrícolas para recomposição das áreas degradadas”, disse.


ALÉM DA SALA DE AULA
Os resultados do Centro Florestal fazem com que a unidade seja constantemente acionada por grandes empresas que pedem indicação de técnicos formados no local. O professor e coordenador da Unidade Didático Produtiva, Elisson Girardi, comentou sobre os projetos desenvolvidos com alunos e as parcerias realizadas. “Além do viveiro ser utilizado para as aulas práticas para fins pedagógicos, é utilizado para pesquisas de mestrado e doutorado, principalmente na área de erva-mate, tanto para produção e recomposição florestais em parceria com algumas instituições de ensino da região”, disse.

Colégio Florestal de Irati é destaque noplantio e produção de mudas
Por ano, o Colégio produz um milhão de mudas e pretende expandir – Foto: Ricardo Ribeiro/AEN


PROJETO “CLUBE DE CIÊNCIAS”
A diretora Mariane comenta sobre o projeto promovido pelo Governo em parceria com a Fundação Araucária, onde poucos Colégios do Paraná foram selecionados para participar e o Colégio Florestal de Irati foi um deles. “Existiu a submissão de um projeto na área de sustentabilidade e educação ambiental chamado ‘Clube de Ciências’. O nosso projeto teve uma professora selecionada e a, mais ou menos, um mês e meio temos uma turma regular que está desenvolvendo atividades diferenciadas de educação ambiental e isso é extensivo para toda a comunidade, não apenas Irati, conta com visitas técnicas, desenvolvimento de pesquisa, etc. Tem uma previsão mínima de dois anos e, inclusive, já tem uma intenção de fazer parte da recomposição da mata ciliar da Serra da Esperança, em Prudentópolis, onde os alunos estarão atuando no plantio da reposição da mata”, explica.


Com isso, Mariane acredita que ações do Colégio estão mudando a realidade da cidade e também na região, desta forma, o reconhecimento tem sido a nível Paraná. “Fruto disso, é a abertura de cinco novas turmas, pela primeira vez, para 2025”.

Colégio Florestal de Irati é destaque noplantio e produção de mudas
Colégio tem se tornado destaque nacional na produção de mudas – Foto: Ricardo Ribeiro/AEN


GANHANDO O MUNDO
Pela primeira vez, o Centro Estadual Florestal terá representantes no Ganhando o Mundo, projeto do Governo do Paraná que promove o intercâmbio estudantil para estudantes da rede pública em países do exterior. Gustavo Mateus e Ana Julia Woruby, ambos de 15 anos, foram selecionados na última edição do projeto. Ele terá como país de destino à Austrália. Já Ana, participará da primeira edição do Ganhando o Mundo Agrícola, com destino aos Estados Unidos.

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