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Moradora do Palmar, Ana Kely Ribeiro tem 22 anos, perdeu a visão e os movimentos após diagnóstico de síndrome de Von Hippel-Lindau
Ana Kely com os filhos. Jovem de Imbituva enfrenta doença rara e recebe apoio em ações beneficentes neste sábado (12). Foto: Arquivo Pessoal

Leticia H. Pabis

Neste sábado (12), duas comunidades do interior de Imbituva vão parar por uma causa específica. Corte de Ouro e Faxinal dos Galvões, que ficam na zona rural do município, receberão bingos beneficentes em prol de Ana Kely Ribeiro, de 22 anos, moradora do distrito de Palmar, que desde março enfrenta uma jornada difícil após o diagnóstico de uma doença rara: a Síndrome de Von Hippel-Lindau.

A síndrome, de origem genética, provoca o desenvolvimento de tumores em diversas partes do corpo, principalmente no sistema nervoso central, rins, pâncreas e olhos. Em muitos casos, como o de Ana, esses tumores são recorrentes e requerem múltiplas cirurgias e acompanhamento oncológico constante. O diagnóstico veio em março de 2025, e até o momento Ana já passou por quatro procedimentos cirúrgicos no cérebro, que afetaram completamente sua visão e a impossibilitou de andar.

O marido de Ana, Anderson Renato Lemes, conta que trabalhava como motorista do transporte escolar em Imbituva, e pediu demissão do trabalho para poder acompanhar de perto todas as etapas do tratamento. “Foi tudo meio de repente, sabe? Ela tem apenas 22 anos. Começou com várias dores de cabeça, aí que foi feito a tomografia e foi diagnosticada com tumor”, disse Anderson.

Ana, o marido Anderson e os dois filhos em dezembro de 2024, poucos meses antes do diagnóstico. Foto: Arquivo Pessoal.

Desde então, o marido está com ela em hospitais de Campo Largo e Curitiba, onde Ana é atendida por equipes de neurocirurgia, oncologia e oftalmologia. Os dois possuem dois filhos pequenos, um menino de quase seis anos e uma menina de um ano e cinco meses, que atualmente estão sob os cuidados da avó paterna.

A rotina da família mudou por completo após o diagnóstico. As longas estadias em hospital, os custos com deslocamento e medicação, e a necessidade de reorganizar a vida sem aviso prévio se somam ao impacto do diagnóstico. “Desde o diagnóstico, ela já passou por quatro cirurgias. Está inabilitada, sem condições de trabalhar. Perdeu completamente a visão, não enxerga nada. Agora, estamos dependendo do SUS para conseguir alguns exames, mas só têm previsão para o fim do ano. E a parte motora dela também foi bastante afetada”, complementou o marido.

Os bingos deste sábado foram organizados pelos familiares para oferecer ajuda direta. Toda a renda será destinada a cobrir os custos dos atendimentos e exames, muitos dos quais têm prazos de espera muito longos para serem realizados pelo SUS.

Na Corte de Ouro, a ação acontece no pavilhão da Igreja Nossa Senhora das Graças, a partir das 14h. Já em Faxinal dos Galvões, o bingo acontece no pavilhão da capela local, também às 14h.

Foto: Reprodução.

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