Apesar da imensurável importância das vacinas e de todos os esforços empreendidos por diversos setores ligados à Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Irati, a cobertura vacinal contra a Poliomelite (Paralisia Infantil) não chegou a 86% do total programado.
Ressalta-se que, para esta vacinação especificamente, além dos horários de expediente comum, houve abertura de diversas Unidades de Saúde aos sábados, em regime de rodízio, e ainda a vacinação feita diretamente no portão das residências, com passagem feita junto a carro de som e com alusão ao personagem Zé Gotinha. No dia D de vacinação contra a Pólio, 17/10, houve abertura de todas as Unidade de Saúde para vacinação.
A enfermeira Denise Homiak Fernandes, do Departamento de Vigilância Epidemiológica, lamentou o fato de a vacinação não ter chegado a um percentual maior. "Enquanto muito se discute a respeito da vacina contra a Covid-19, que ainda não está disponível, parte da população deixa brecha para um eventual retorno de uma doença fatal e/ou mutilante, e que tem vacina disponível praticamente na porta de casa", citou.
De acordo com o site da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), a Poliomielite, também chamada de Paralisia Infantil, Pólio ou ainda Doença de Heine-Medin, é uma infecção viral aguda causada por um dos três poliovírus existentes. A poliomielite, em sua fase aguda, na qual já existe o comprometimento do sistema nervoso, pode causar febre, dores de cabeça, dores de garganta, coriza, vômitos e às vezes rigidez de nuca.
Ainda segundo o site da Fiocruz, não existe tratamento específico para combater o vírus da Poliomielite. Trata-se de uma doença altamente contagiosa, que exige medidas rigorosas de profilaxia. O vírus da Poliomelite é um dos mais resistentes, podendo sobreviver durante meses nas águas dos esgotos. A vacinação é o meio profilático mais eficiente contra esta doença, visto que, desde 1960, quando começaram as campanhas de vacinação, a Poliomielite passou a deixar de ser uma das doenças causadoras de epidemias entre a população infantil. Dessa forma, para que este quadro permaneça sob controle, é importante continuar sempre vacinando as crianças de um a quatro anos de idade contra a Pólio.