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Iratiense é premiado pela editora Vivara Editora Nacional, ganhando destaque no cenário literário brasileiro
Silton Dietrich Conquista terceiro lugar no Concurso Poetize com poema "Beijo"
"Em poucas palavras, ele é literatura. Eu venho escrevendo há muito tempo, mas eu não tinha essa parte”. - Foto: Karina

Ana Mattos

Silton Dietrich, um nome que ganha cada vez mais destaque no cenário literário, conquistou o terceiro lugar no concurso poetize 2025 com seu poema Beijo. Reconhecido pelo seu estilo único e pela profundidade emocional de suas palavras, Silton compartilhou sua trajetória e a inspiração por trás da obra que lhe garantiu a premiação.

A classificação entre os primeiros colocados no Poetize 2025 foi uma surpresa para o poeta. “Eu fiquei super feliz por entrar em um concurso desse tamanho, que é talvez um dos mais importantes do país. Ele deu 11.000 edições. O próprio volume era muito importante. Só que eu fiquei feliz por estar classificado, eu não esperava que fosse terceiro lugar, eu esperava que entraria em 250 lugares no país inteiro. Até o décimo, vigésimo lugar, eles fazem a classificação de 1 a 20, quando eu abri novamente o e-mail, e vi que estava em terceiro lugar foi uma grande surpresa e fiquei muito feliz. Hoje, eu estou muito feliz com o fato de que faço parte da poesia nacional através de um livro”, disse, emocionado com a conquista.

O poema Beijo, que rendeu a Silton a honraria, possui uma proposta simples, mas repleta de significados. O autor explicou que se inspirou na dualidade do próprio ato do beijo, que para ele é uma interação simbólica entre palavras e gestos. “Se você lê um poema, só com literatura, só com a língua portuguesa, você vai ver que as palavras estão falando da palavra. No livro romântico, você vai ver que está falando do beijo. Por isso que se chama beijo. Então, usando o beijo, que é a própria boca, o beijo fala. E a própria boca beija e a própria boca fala. Então eu fiz um poema porque nesse sentido fora ele é literatura, fora ele é romantismo”, revelou o autor, ressaltando que a obra transcende o romantismo e busca uma linguagem literária que mistura simplicidade e complexidade de forma fluida.

Além do sucesso no concurso, Silton Dietrich tem planos ousados para o futuro. “Em poucas palavras, ele é literatura. Eu venho escrevendo há muito tempo, mas eu não tinha essa parte. Eu costumava dizer que fazia para as paredes, e quando eu gostava, eu guardava na escuridão das gavetas. E agora que eu estou tirando e fazendo algumas coisas, que eu tive esse gosto de dizer assim, eu já estou um pouco mais ativo. Eu tenho feito, pelo menos, um poema por dia. Só que agora eu vou fazer uma seleção e tenho a pretensão de fazer um livro, já que eu cheguei a esse nível literário, e quero fazer junto com a ilustração, afinal já ganhei prêmios nacionais de ilustração. Eu quero fazer a fusão dos dois, fazer dez ilustrações. Essas dez ilustrações estarão intercaladas no livro com seis poemas cada uma, e essas ilustrações serão referidas a cada seis poemas”, revelou o poeta, que também é premiado na área de ilustração.

Versátil e dedicado, Silton não se limita a um único estilo literário e se compromete a escrever com frequência, produzindo, em média, um poema por dia. A prática constante tem sido essencial para seu amadurecimento como escritor e o impulsionado a novos projetos.

Silton Dietrich, que começou sua carreira com escritos guardados em gavetas, agora está pronto para compartilhar seu talento com o mundo. Seu exemplo mostra como a poesia pode se reinventar e dialogar com diversas formas de expressão artística, criando um legado que ultrapassa os limites da literatura tradicional.

Beijo

Minha boca

na tua boca

segreda

palavra linda

se aninha

palavra língua

se despe

palavra nua

Silton Dietrich Irati/PR

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