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 A manifestação de servidores públicos municipais de Teixeira Soares durante a manhã de quarta-feira (28) não fez o prefeito Lula Thomaz (PSB) voltar atrás da aplicação de medidas que resultaram em cortes salariais.

 A manifestação de servidores públicos municipais de Teixeira Soares durante a manhã de quarta-feira (28) não fez o prefeito Lula Thomaz (PSB) voltar atrás da aplicação de medidas que resultaram em cortes salariais. Recentemente, foi aplicada uma lei, aprovada pela Câmara de Vereadores em 2016, que regularizaria o plano de cargos e salários dos funcionários. O protesto ocorreu através de uma passeata, que saiu de frente à Prefeitura. A manifestação contou com o apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Prestadores de Serviços de Teixeira Soares (Sintex’s) e da Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos Municipais e Estaduais do Paraná (Femespar). Entre os manifestantes estavam motoristas do município, que reclamam o corte de horas-extras e benefícios, que segundo eles, teve um grande impacto no orçamento. O motorista, Miguel Josnei do Carmo Vieira, fala que a situação da classe está bastante complicada. Há 90 dias fomos prejudicados. Estamos reivindicando os nossos direitos. Queremos discutir de forma sensata, mas o prefeito está irredutível, relata. Ele afirma que levaram o caso ao Ministério Público. O presidente do Sintex’s, Airton Rohde, comenta que todos os funcionários de carreira estão perdendo. Ele fala que a entidade tem buscado defender os servidores, com aparato de advogados. Nesta sexta-feira (30), acontece uma reunião entre representantes do Sindicato e o Poder Judiciário. Segunda-feira vamos fazer outra assembleia para discutirmos greve geral do funcionalismo público municipal, afirma.

O presidente da Femespar, Luiz Carlos Silva de Oliveira, destaca que estão acompanhando a situação em Teixeira Soares porque está havendo dificuldades para negociações com o prefeito. Houve muitos cortes, de avanços e adicionais. Esperamos que as reivindicações sejam atendidas, mas vemos que o prefeito está intransigente.

Oliveira esclarece que a Femespar não deseja ver os servidores nas ruas, longe das suas funções, e que espera uma solução o quanto antes. Colocando a casa em ordem O prefeito Lula Thomaz afirma que está colocando a casa em ordem. As suas atitudes, segundo ele, foram tomadas após alguns levantamentos terem ocorrido na Prefeitura. Nos assustamos porque vimos que o combinado no plano de cargos e salários  não foi cumprido, mas que outro foi seguido. Fui informado de possíveis irregularidades e tomei ações quanto gestor, porque se não faço isso sou responsabilizado. Estou aqui para fazer gestão pública séria, honesta e pautada na legalidade, destaca. Lula comenta que aplicou a lei, realizando descontos na folha de pagamento. O Sindicato impetrou um pedido no Judiciário, que concedeu a liminar, dizendo que eu não poderia fazer o desconto enquanto se discute o mérito da ação, explica. O prefeito fala que não é com alegria que tomou as medidas. Tem pessoas que nos ajudam muito aqui dentro da Prefeitura, porém não tenho como passar por cima da legalidade. Estou sendo gestor e não político.

Lula argumenta que o grande problema herdado por sua gestão foi a folha de pagamento mal aplicada, e segundo ele, gorda, na ordem de mais de 57%, ultrapassando o limite prudencial. É uma medida impopular, assim como o governo Bolsonaro deverá fazer. Estamos mexendo com 400 servidores. Queremos que no futuro não haja devolução de dinheiro e fomos alertados pelo Tribunal de Contas para informarmos sobre essa situação e eu temo por isso, pois agravaria a situação dos servidores, explica.

As medidas adotadas podem gerar R$ 72 mil de reserva aos cofres públicos por mês. Não vejo como economia e sim como passando a casa a limpo. Existe uma ação no Judiciário e vamos seguir o que nos for determinado, ressalta. COMISSIONADOS Sobre críticas que recebe em relação a cargos comissionados, Lula fala que se orgulha em dizer que Teixeira Soares é o município com menor número de comissionados no Paraná e quem sabe até no Brasil – temos oito pessoas trabalhando. Foram excluídos mais 14 cargos, projeto que encaminhamos para a Câmara, ressalta. O prefeito desafia gestores do Paraná a indicar um município que tenha menor número de cargos comissionados.

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