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Guia é dirigido a gestores e profissionais da saúde que atuam nos pontos de atenção na Linha de Cuidado Materno Infantil, em unidades e serviços de saúde. Em 2020 foram registrados 17 óbitos de gestantes e puérperas e neste ano, entre janeiro a abril, 26 óbitos
SESA

A Secretaria de Estado da Saúde apresentou nesta sexta-feira (30), junto ao Comitê Estadual de Prevenção à Mortalidade Materna, Infantil e Fetal, um documento-guia com os 10 passos prioritários para a assistência qualificada às gestantes e mulheres que recém deram à luz (puérperas). O objetivo é evitar mortalidade materna por Covid-19. Em 2020 foram registrados 17 óbitos maternos pela Covid-19 e neste ano, entre janeiro a abril, 26 óbitos.

O guia é dirigido a gestores e profissionais da saúde que atuam nos pontos de atenção na Linha de Cuidado Materno Infantil, em unidades e serviços de saúde. O guia já foi pactuado junto à Conselho Estadual de Saúde (CES/PR) e Comissão Intergestores Bipartite do Paraná.

“A Secretaria da Saúde tem um olhar especial às gestantes desde o início da pandemia com recomendações específicas para este momento de atenção à mulher”, disse o secretário Beto Preto. Ele lembrou que gestantes são consideradas grupo de risco para a Covid-19, especialmente no 3º trimestre de gravidez ou no período pós-parto.

“Diante deste contexto, as ações de atenção e vigilância em saúde são imperativas na prevenção da mortalidade materna e visam assistência oportuna e precisa. Por isso a elaboração deste documento com os 10 passos que garantem mais proteção”, explicou Beto Preto. “O mês de maio está começando e este trabalho da Saúde é também uma forma de reforçarmos nosso carinho e dedicação às mães e futuras mamães”.

DOCUMENTO – O guia foi elaborado pela Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde da Secretaria da Saúde, que destacou medidas já adotadas no pré-natal, mas que devem ser redobradas na pandemia. É observado que as manifestações clínicas apresentadas em gestantes infectadas pelo Sars-CoV-2 são amplas, variando do quadro assintomático a grave e potencialmente fatais.

“Grande parte das gestantes apresenta quadros clínicos leves ou moderados. De 1% a 5% necessitam de suporte ventilatório ou cuidados em unidade de terapia intensiva e que estão diretamente ligados aos caso de óbito materno”, destacou a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde, Maria Goretti David Lopes.

PASSOS – A Secretaria da Saúde vem ressaltando desde o início da pandemia que as mulheres devem ser encorajadas a buscar o serviço de saúde para as consultas de pré-natal e puerpério de rotina. Maria Goretti destaca que, caso tenha contato com suspeitos ou confirmados de Covid-19, a mulher deve relatar o fato e possíveis sintomas ao profissional deste serviço.

“O que a gestante não deve fazer é interromper ou deixar de buscar este acolhimento das equipes profissionais, conforme destacamos na Nota Orientava da Secretaria da Saúde número 09/2020, que trata da Linha de Cuidado Materno Infantil durante a emergência de saúde pública da infecção pelo coronavírus. Este é o primeiro passo apresentado no documento pactuado hoje”, ressaltou Maria Goretti

O segundo passo aponta que o profissional deve orientar gestantes e puérperas a prevenirem a infecção por meio de distanciamento físico, uso de máscaras e práticas de higiene, incluindo etiqueta respiratória e higienização das mãos com água e sabão ou com álcool gel 70%.

Na sequência, o guia destaca a necessidade da triagem respiratória, realização de diagnóstico, diagnóstico diferencial e tratamento oportuno, além de orientação para isolamento qualificado.

O guia também destaca o esclarecimento às gestantes e puérperas sobre sinais de agravamento da Covid-19 e a notificação na ferramenta near miss materno para acompanhamento específico na prevenção de óbitos. Inclui, ainda, garantir continuidade do cuidado de forma compartilhada entre a Atenção Primária à Saúde, Atenção Ambulatorial Especializada e Atenção Hospitalar e, também, realizar a imunização para Covid-19 para este público, incluindo as mulheres que estão amamentando.

“São passos elencados criteriosamente pela nossa equipe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher e que esperamos que sejam amplamente divulgados pelas Regionais da Saúde e serviços de saúde dos municípios, e que sejam implementados pelos profissionais que estão em contato direto com as gestantes”, complementou a diretora Maria Goretti.

COMITÊ DE PREVENÇÃO – O regimento interno do Comitê Estadual de Prevenção de Mortalidade Materna, Infantil e Fetal foi aprovado pela Resolução 341/2021. O Comitê tem o objetivo de fortalecer a Rede Estadual de Vigilância aos Óbitos com identificação correta de dados, priorizando a classificação de sua evitabilidade e conhecendo suas causas e fatores determinantes.

O Comitê tem, ainda, a meta de indicar a aplicação de cada um dos óbitos ocorridos como um evento sentinela no Estado. “Incentivamos também, por meio do Comitê, a realização de ações conjuntas e cooperativas junto à sociedade para a melhoria da qualidade de vida e assistência à saúde das mulheres no período reprodutivo, gestacional, no parto, no nascimento dos filhos e no puerpério”, explicou Maria Goretti.

Participam do Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal todas as áreas da Secretaria da Saúde, Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Conselho Estadual de Saúde, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Paraná, instituições de saúde, associações representando profissionais da saúde e universidades.

Instituições representativas da sociedade civil organizada também são convidadas a apoiar e implementar as ações do Comitê Estadual.

PUBLICAÇÕES – A partir desta sexta-feira (30) até 09 de maio, Dia das Mães, a Secretaria estadual da Saúde fará publicações diárias em suas redes sociais destacando os 10 passos para a prevenção da mortalidade materna por Covid-19. A expectativa é alcançar o maior número possível de profissionais da área com estas recomendações.

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