Nesta quarta-feira (26) acontece a última, e maior, superlua de 2021. E ela vem com um bônus: o único eclipse total da Lua neste ano, que infelizmente não será visível a olho nu aqui do Brasil.
Mas temos as maravilhas da tecnologia para nos salvar de situações como esta. Vários telescópios ao redor do mundo vão acompanhar o evento em tempo real, transmitindo as imagens ao vivo para internautas do mundo todo.
Durante o eclipse, a Lua terá uma aparência avermelhada devido à sombra da Terra projetada sobre ela, o que lhe dá o apelido de “Lua de Sangue”. O observatório Griffith, de Los Angeles, irá transmitir o evento ao vivo a partir das 5h45 (horário de Brasília), pouco antes da Lua chegar à Penumbra, até as 10h, quando o eclipse termina.
á o observatório Lowell, localizado na cidade de Flagstaff, no Arizona, começará sua transmissão às 6h30 (horário de Brasília) e terminará às 8h25. A instituição planeja usar múltiplos telescópios, como o Planewave de 14″ e telescópios portáteis Vixen.
Além disso, “educadores irão discutir a ciência dos eclipses, ensinar as melhores formas de observá-los, falar sobre a história do observatório Lowell com a Lua e muito mais”.
O Virtual Telescope Project, baseado na Itália, pretende transmitir imagens de câmeras na Austrália, Nova Zelândia e Américas a partir das 7h (horário de Brasília). O projeto também fará uma segunda transmissão, às 16h, mostrando a superlua sobre os céus de Roma.
Por fim, o site Time and Date terá uma transmissão a partir das 6h30, que promete imagens ao vivo de várias câmeras ao redor do mundo. O site também hospeda um blog que traz mais informações sobre o eclipse e conta as aventuras de seus fotógrafos em busca do “local perfeito” para observá-lo.
Porque a “Lua de Sangue” é vermelha?
Durante um eclipse total a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua, impedindo que a luz da estrela atinja diretamente a superfície de nosso satélite. Mas ainda assim a Lua é iluminada indiretamente pela luz refratada por nossa atmosfera.
Mas essa luz não passa por nós intacta. Partículas em suspensão na atmosfera, menores que a frequência de onda da luz, “espalham” ela em múltiplas direções.
As cores entre o azul e violeta são as mais afetadas, por isso nosso céu parece azul ao olho nu. A luz vermelha, entretanto, é a menos afetada e chega à Lua, “pintando” a superfície do astro com um tom entre o vermeho e o laranja, que lembra o planeta Marte.