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Ainda não há resultados sobre os testes, mas o que se identificou até o momento é que as reações à vacina foram leves. Alguns voluntários apresentaram dor de cabeça e dor local.
Cientista durante a pesquisa por uma vacina contra a Covid-19 — Foto: Anton Vaganov/File Photo/Reuters

Mais de 160 vacinas contra o novo coronavírus estão sendo testadas no mundo e, até o momento, existe a possibilidade de quatro delas serem importadas ou produzidas no Paraná.

De acordo com boletim publicado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), nesta quinta-feira (3), estado chegou ao total de 3.411 óbitos e 136.391 diagnósticos da doença.

Os testes da vacina da China, conhecida como Sinovac, estão sendo coordenados pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e no Paraná pelo Hospital de Clínicas.

O Brasil participa da terceira fase dos testes, que verifica a eficácia da vacina e envolve um número maior de voluntários. Em todo o país, são 9 mil voluntários e no Paraná 852 – todos profissionais da saúde que trabalham na linha de frente no combate à Covid-19.

Em três semanas, o Hospital de Clínicas testou 544 voluntários e pretende, na próxima semana, testar outros 308.

Ainda não há resultados sobre os testes, mas o que se identificou até o momento é que as reações à vacina foram leves. Alguns voluntários apresentaram dor de cabeça e dor local.

Cem voluntários já tomaram a segunda dose da vacina. Conforme a coordenadora do Centro de Pesquisas do Hospital de Clínicas, se tudo ocorrer da maneira esperada, é possível que tenha ainda neste ano doses disponíveis para grupos prioritários.

"A gente têm uma expectativa que foi anunciada pelo Instituto Butantan de chegada de vacinas já em dezembro, em janeiro, um número de lotes de vacina que provavelmente vão ser disponibilizados. O que nós não sabemos é quais são os grupos que serão vacinados com esse lote que vai chegar", explicou Sônia Raboni.

O Governo do Paraná assinou um memorando de intenções com o Governo da Rússia e, há duas semanas, a Rússia compartilhou os resultados das pesquisas das fases 1 e 2 da vacina.

De acordo com o presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, esses dados estão sob sigilo. Os técnicos do instituto já trabalharam na tradução do documento e analisam esses resultados.

A intenção é terminar a análise e elaborar um protocolo que deve ser encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o fim de setembro, junto com o pedido de autorização para testar em torno de 10 mil voluntários no Paraná – todos profissionais de saúde dos hospitais universitários.

Esses testes devem durar em torno de três meses. O governo do estado tem a intenção de importar as doses da vacina já no início do ano que vem.

A Sputnik V foi anunciada como a primeira vacina contra a Covid-19 registrada no mundo pelo o presidente russo, Vladimir Putin, no dia 11 de agosto. A vacina é questionada pela comunidade internacional porque se sabe pouco sobre sua eficácia.

"Está previsto também pelos nossos contatos com a Rússia que, em breve, o laboratório fará também a publicação científica desses dados. Eu diria que, em análises iniciais, os indícios têm sido muito promissores, mas vamos seguir em frente para ver a comprovação geral", comentou Callado.

A terceira vacina prevista também é chinesa e se chama Sinopharm. Para ela, o Tecpar também assinou um acordo, mas ainda não há previsão para a terceira fase dos testes no Paraná.

A quarta vacina com previsão para realização dos testes no Paraná é de um laboratório particular, do grupo Johnson & Johnson.

Para ela, já há autorização da Anvisa para a realização dos testes, mas ainda é necessária a autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).

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