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Estado manteve a aquisição de produtos de agricultores que serviriam para a alimentação escolar e que foram distribuídos para as famílias atendidas por programas sociais
AEN

Pesquisa online feita pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional – Fundepar, destinada a cooperativas e associações de agricultores, em dezembro, avaliou o impacto da pandemia nas suas atividades voltadas para atender o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O Estado adquiriu produtos de cerca de 25 mil famílias de pequenos agricultores paranaenses para complemento das refeições dos estudantes das escolas estaduais.

O objetivo foi perceber o grau de satisfação dessas instituições durante a pandemia. “Nosso interesse foi avaliar como a iniciativa do Governo do Paraná em manter a compra dos produtos de associações e de cooperativas impactou na vida dos pequenos agricultores”, explicou o diretor-presidente da Fundepar, Alessandro Oliveira.

Até novembro, foram R$ 60 milhões para compra de 11 mil toneladas de produtos da agricultura familiar. O PNAE estabelece o mínimo de 30% dos recursos destinados à alimentação dos estudantes para a compra de alimentos da agricultura familiar. O Paraná reforça o programa, destinando, em média, 70% dos recursos em compras de agricultores familiares.

Os alimentos fornecidos pela agricultura familiar foram integrados às etapas de distribuição de alimentos às famílias dos alunos inscritas em programas sociais.

A pesquisa foi elaborada pelo Departamento de Nutrição e Alimentar da Fundepar e contou com a participação de cerca de 80% das 167 organizações da agricultura familiar contratadas na chamada pública do ano passado. O questionário buscou informações desde a produção até a comercialização dos produtos.

Os resultados mostraram que 95% dos participantes consideram muito importante ter mantido o fornecimento de produtos da agricultura familiar ao PNAE. Cerca de 10% das associações vendeu praticamente só para o programa de alimentação.

A mudança da frequência de entregas para as escolas, que passou de semanal para quinzenal também foi apontada na pesquisa como benéfica para as associações ao permitir menos gastos com logística.

Para os agricultores, a principal dificuldade desse ano foi o clima, por causa da crise hídrica que o Paraná tem enfrentado, e o receio de não ter a produção vendida. Ainda houve preocupação com a distribuição dos produtos e o adoecimento de agricultores por causa da pandemia.

“Se não fosse o PNAE, certamente haveria grandes perdas para os agricultores rurais, pois sem essas entregas perderíamos grande número de alimentos plantados, já que as encomendas municipais foram canceladas”, comentou Vânia Mara Moreira dos Santos, presidente da Associação de Agricultura Sustentável de Prudentópolis e Região (Aasprud). 

A associação entregou em 2020 mais de 80 mil quilos de alimentos distribuídos entre 73 escolas de oito municípios da região.

Em muitos municípios paranaenses, a pandemia alterou a rotina de feiras livres, de mercados, de frutarias e até mesmo a compra direto do consumidor. Os produtores entregam nas escolas frutas, hortaliças, legumes, temperos, sucos, geleias, leite e panificados, entre outros.

Outra chamada já está em andamento para garantir a continuidade do programa em 2021.

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