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4ª Regional de Saúde intensifica ações para reduzir a mortalidade infantil na região
Para que toda gestação termine em vida!
Foto: Esther Kremer

Esther Kremer

A 4ª Regional de Saúde, com sede em Irati e responsável por coordenar os serviços de saúde em nove municípios da região, tem reforçado suas ações estratégicas no combate à mortalidade infantil e materna. Com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA), a regional tem atuado de forma articulada para melhorar o diagnóstico precoce, qualificar os atendimentos em unidades de saúde e ampliar a assistência humanizada desde o pré-natal até o pós-parto.

Segundo dados da regional, o coeficiente preliminar de mortalidade infantil na região atendida é de 12,86 (12) óbitos por mil nascidos vivos. Além disso, foi registrada uma morte materna na região.

A chefe da 4ª Regional de Saúde, Cristiana Schvaidak, relata que os índices de mortalidade infantil no estado ainda preocupam e têm motivado novas estratégias de intervenção regional.  “Estamos vivenciando um momento em que é necessário ampliar a nossa capacidade de resposta às situações de risco. Por isso, precisamos garantir que os profissionais estejam capacitados e os serviços estruturados para oferecer um atendimento adequado e seguro”, explicou.

Para que toda gestação termine em vida!
Na foto, encontro realizado pela 4ª Regional com gestores e profissionais da saúde – Foto: 4ª Regional de Saúde

Dando as Mãos Pela Vida

A 4ª Regional de Saúde, em parceria com os municípios da região e prestadores de serviços de saúde, lançou o plano de ação “Dando as Mãos pela Vida”, uma iniciativa conjunta que integra o Novo Pacto pela Redução da Mortalidade Materno-Infantil no Paraná, proposto pela Secretaria de Estado da Saúde. O objetivo é fortalecer o cuidado em todas as fases do ciclo gravídico-puerperal, do pré-natal ao parto, puerpério e à saúde do recém-nascido, por meio de atendimentos mais qualificados, integrados e humanizados.

“A ação visa reduzir os índices de mortalidade materna, infantil e fetal, promovendo mais saúde, segurança e acolhimento às gestantes, puérperas e bebês. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera-se morte materna aquela que ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o parto, enquanto a mortalidade infantil refere-se aos óbitos de crianças antes de completarem um ano. Já a morte fetal corresponde à ausência de sinais de vida no feto após o nascimento. Esses indicadores são reflexos diretos das condições sociais e do nível de desenvolvimento de uma população.

A vigilância da mortalidade materna e infantil é uma ferramenta estratégica para o conhecimento do perfil desses óbitos, seus determinantes e a possibilidade de evitabilidade. Esse processo é conduzido por grupos técnicos regulamentados por portarias do Ministério da Saúde, permitindo que se adotem medidas baseadas em evidências para reverter o cenário. Além disso, a vigilância contribui para o monitoramento da qualidade da assistência à saúde em todos os níveis, de forma educativa, sigilosa e ética.

Em 2025, o coeficiente preliminar de mortalidade infantil na 4ª Regional de Saúde é de 12,86 (12) óbitos por mil nascidos vivos. Além disso, foi registrada uma morte materna na região. Esses dados foram extraídos no momento da publicação desta matéria e ainda estão sujeitos a alterações ao longo do ano. Diante desse cenário, especialmente após um aumento nos índices de mortalidade em comparação com os últimos seis anos, a 4ª Regional de Saúde decidiu mobilizar toda a rede de atenção materno-infantil para um enfrentamento conjunto.

“A nossa meta é clara: salvar vidas e garantir dignidade no atendimento à população”

– Cristiana Schvaidak

A partir deste movimento, foi elaborado um plano de ação específico, onde cada município atuará diretamente nas fragilidades identificadas. A expectativa é que, com a execução comprometida dessas ações, possamos melhorar a qualidade da assistência prestada e promover um futuro mais justo, seguro e saudável para todas as famílias”, explica a nota enviada pela 4ª Regional.

De acordo com a Carolina Poliquesi, chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da SESA, essas estratégias visam reduzir a mortalidade materna e infantil por meio de uma abordagem preventiva e resolutiva. “O cuidado precisa começar lá no pré-natal, com um olhar atento ao histórico da gestante, aos exames, ao ambiente familiar. Nós acreditamos que cuidar dos bebês, cuidar das gestantes, diminuir a mórbida e mortalidade materna é uma ação primordial, prioritária da Secretaria de Saúde”, pontuou.

Para que toda gestação termine em vida!
Os índices de mortalidade infantil em todo o estado preocupam – Foto: Esther Kremer

Um direito público e um dever da mulher gestante

A regional tem articulado junto aos municípios ações que promovam atendimento humanizado e regionalizado, garantindo acesso a exames, consultas, etc, mas também conscientizando mulheres gestantes. “O ideal é que a gestante possa ser atendida de forma humanizada, mas também existem os deveres. Existe uma rede de apoio na linha materno do Paraná e essa gestante precisa iniciar precocemente o pré-natal, tomar as vacinas indicadas, fazer os exames, participar das consultas e existem até encontros de gestantes, e elas precisam utilizar desta rede”, destacou Cristiana.

As ações coordenadas pela 4ª Regional de Saúde fazem parte de um esforço maior do Governo do Estado para reduzir desigualdades regionais no acesso à saúde e proteger a vida de mães e bebês. O planejamento inclui ações educativas, capacitações para os profissionais, suporte técnico às equipes municipais e incentivo à vigilância ativa dos casos de risco. “A nossa meta é clara: salvar vidas e garantir dignidade no atendimento à população. Cada avanço, cada capacitação, cada protocolo implementado é um passo nesse caminho. E é esse trabalho de base, articulado e contínuo, que vai fazer a diferença nos indicadores de saúde da nossa região”, concluiu Cristiana.

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