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Confira mais um Papo Confidencial, com participação especial de Rosinha e Maricha
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Xadrez Regional: Rosinha observa (e anota tudo)

Enquanto uns ajeitam a gravata, outros reposicionam as peças no tabuleiro eleitoral. A política regional está se mexendo e Rosinha, como sempre, está de olho em cada movimento.

Ctrl + C em inovação

O prefeito Emiliano Gomes está com os olhos voltados para o futuro. Esteve com o secretário de Inovação do Estado, Alex Canziani, para buscar soluções tecnológicas para a gestão pública. Quer modernizar a Prefeitura, agilizar processos, sair do papel e dar agilidade a gestão. Segundo correm os boatos, o encontro buscou tratar de pautas estratégicas como a criação da Agência de Inovação, programas educacionais voltados à tecnologia e o futuro Parque Tecnológico de Irati. A Rosinha achou prudente, inovar é preciso, principalmente quando a burocracia trava mais que computador velho. E pra onde Emiliano quer chegar, tem de formatar muito PC por aí.

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De volta pra casa

A Rosinha soube, e com fonte boa, que o prefeito Ivanor Muller, de Teixeira Soares, está de volta ao PSD. O convite veio do deputado Artagão Júnior e do secretário da Secid, Guto Silva, com direito a tapete estendido e cálculo eleitoral embutido. Ivanor diz que volta por “uma questão de justiça”. Justiça partidária, claro. Porque com a eleição no horizonte, reencontrar a sigla certa é também reencontrar as pontes com Curitiba. No fim, é como aquele ex que volta jurando que agora vai ser diferente. Só que com mais apoio e, quem sabe, mais votos.

O rumo é para direita

Outro que anda com as malas prontas é o prefeito Laércio Cipriano, de Rebouças. Mesmo com raízes à esquerda, ele quer estar mais perto de onde as decisões acontecem, ou seja, do governador Ratinho Júnior e do deputado Alexandre Curi. Rosinha soube que Laércio percebeu que o vento sopra melhor onde há estrutura, convênio e, claro, visibilidade. E sabe-se que ideologia nacional esta mais para torcida de time de futebol.

Leite, política e afagos

A Rosinha andou passeando pelos corredores da Agroleite, em Castro, e não foi só gado de alto padrão que ela viu por lá. Também teve muito couro político bem lustrado. Quem marcou presença foi o prefeito Ivanor Muller, de Teixeira Soares, o prefeito Laércio Cipriano, de Rebouças, e o presidente da Câmara, Tio Chico. Todos fazendo questão de prestigiar o deputado Moacir Fadel, que faz jus ao apelido de “deputado do leite”, afinal, atende firme os municípios da região e sabe ordenhar votos como poucos.

Foto: Nilton Pabis

Leite e os laços políticos

A turma ainda foi flagrada ao lado da prefeita de Carambeí, Elisangela Pedroso e quem também deu as caras foi o prefeito de Ivaí, Orli de Cristo, aproveitando o evento para aquela boa e velha troca de experiências (e de contatos, claro). Na Agroleite, o clima era de exposição… mas quem entendeu, percebeu que o que estava mesmo em jogo era a costura para 2026. A Rosinha viu, anotou e saiu de lá com mais informação que catálogo de touro premiado.

Poça d’água agitada

Quem reapareceu foi o ex-prefeito de Irati, Jorge Derbli. Após um café com Alexandre Curi, na segunda-feira (4), acompanhado do vereador Dr. João Henrique, Derbli resolveu sair da letargia e, segundo Maricha, saiu da conversa decidido a ser candidato a deputado estadual.
O objetivo? Ajudar na candidatura de Curi ao governo. E como dizem por aí, em política ninguém ajuda de graça, há sempre um plano maior, mesmo que não esteja no release. A movimentação, claro, incomodou os estaduais com base na região. Ninguém vai dizer nada agora, mas por dentro, já tem gente revisando mapa de votos e somando com a calculadora na mão.

Recarregando o time

E para voltar ao jogo, Derbli terá que reorganizar o time. A Rosinha soube que ele já havia começado a desligar aliados antigos, mas agora deve reativar o grupo. Na Amcespar, outros nomes também circulavam como possíveis candidatos a estadual, Cleonice Schuck, Júnior Benato, Rafael Lucas. Mas com Derbli de volta, o tabuleiro muda. Aliás, com a entrada dele, muito deputado federal deve procurar uma dobradinha regional. E aí, meu bem, começa o verdadeiro leilão de palanques. Resta saber se a candidatura de Derbli será de longa-metragem… ou daquelas que só duram três dias.

Foto: Reprodução

De mãos dadas com Prude

O líder do governo na Alep, deputado Hussein Bakri, anda mais próximo de Prudentópolis. Só nos últimos tempos, viabilizou mais de R$ 15 milhões por lá e, na última leva, foram 6,9 km de pavimentação. Além do grupo político atual, Hussein agora também conta com o apoio do vice Joarez. Mas a Rosinha alerta: “compromisso assumido tem que ser cumprido”. De um lado, as obras. Do outro, os votos. E no meio, aquele jogo fino que só os bons sabem jogar…

Dono é quem manda?

A Rosinha ficou sabendo que a Câmara de Irati, através de seu presidente, Hélio de Mello, comprou um terreno ao lado da Prefeitura. Até aí, tudo certo. O detalhe é que o tal terreno era usado há anos como estacionamento informal por servidores, visitantes e até uns perdidos que achavam que era da municipalidade.

Agora, com a matrícula na mão, o presidente Helio quer mostrar que a faixa mudou de cor, vai pedir a retirada dos carros e tomar posse oficialmente da área. Mas a Rosinha avisa: mostrar que é dono é fácil, o difícil é administrar o desgaste. Vai parecer birra, retaliação ou ego inflado, tudo menos boa gestão.

A pergunta que fica é: vale a pena comprar briga por umas vagas? Porque o que está em jogo não é só o terreno… é a imagem. “E essa, meu bem, não se regulariza em cartório”, disse Rosinha.

Ratinho na Agroleite

A Rosinha soube, e viu com esses olhos que a terra há de comer, que Ratinho Júnior não passou despercebido na Agroleite, em Castro. Pelo contrário, virou centro de rodas, selfies e cochichos políticos com tom de futuro. Enquanto o cenário nacional segue com Lula perdendo aprovação e Bolsonaro ocupado com outras questões (jurídicas), Ratinho começa a ocupar o espaço do “terceiro caminho”. E o que era murmúrio virou quase discurso pronto, o Paraná pode sim ter um nome viável para a Presidência.

Cereja do Bolo

A cereja do bolo? A fala do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, avisando que deve buscar a reeleição por lá. Foi como abrir a porteira. Ratinho, que já vinha costurando nos bastidores, agora aparece com ainda mais força, e com o agro debaixo do braço, literalmente. E na Agroleite, não faltou político repetindo o bordão: “o homem tá pronto”. Ratinho mostra a cada dia no Paraná, como o Brasil pode se tornar. Rosinha segue no pasto… ouvindo os bois e os bastidores

Idoso valorizado, voto lembrado

A Rosinha soube, e gostou de saber, que Rio Azul vai receber um reforço de mais de R$ 1,2 milhão para melhorar o atendimento à população idosa. O anúncio foi feito pela primeira-dama e secretária de Assistência Social, Ghessi Buco, que agora também pode ser chamada de embaixadora da dignidade na terceira idade. Os recursos vão garantir um espaço de lazer maior, ambientes de convivência mais acolhedores e, claro, muitos motivos para os nossos vovôs e vovós continuarem sendo protagonistas da cidade. “É sobre respeito”, diz ela. E a Rosinha ainda lembra que cuidar de quem já cuidou de todos nós é um ato digno, além de investimento da gestão. Anotado, Ghessi. E parabéns, pela conquista.

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90 anos de resistência

A Santa Casa de Irati chegou aos 90 anos. De existência ou de sobrevivência, como alguns mais realistas preferem dizer. E a Rosinha respeita. São nove décadas de portas abertas, vidas salvas, histórias cruzadas e profissionais que fizeram (e ainda fazem) verdadeiros milagres com orçamento de jejum. Uma homenagem mais do que justa aos heróis de jaleco e de bastidor que passaram por ali e seguem fazendo da Santa Casa um símbolo regional.

Mas sejamos honestos: manter a instituição de pé a cada ano é um parto sem anestesia. Falta recurso, sobra demanda, e a luta virou rotina. Ainda assim, por causa do engajamento da comunidade, que nunca abandona, a Santa Casa se torna cada vez mais essencial para cada cidadão da região.

Rosinha fica de olho…

Porque onde tem costura, tem ponto solto. E a tesoura afiada dela segue na mão.

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