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Pesquisa aponta que maioria prioriza os protocolos de saúde para garantir segurança na retomada das atividades

Foto: Divulgação

Mais da metade dos pais de alunos de escolas particulares não quer o retorno das aulas presenciais em meio à pandemia do novo coronavírus. Pesquisa encomendada pelo grupo União pelas Escolas Particulares de Pequeno e Médio Porte indica que 51,6% dos entrevistados não querem que os filhos voltem para a escola. 

Enquanto isso, 26,3% querem que as aulas presenciais retornem e 21,8% consideram essa possibilidade. A maioria (59,6%) dos pais e responsáveis imagina que as aulas presenciais vão voltar em setembro. Enquanto 40,4% veem isso acontecer somente em 2021. 

A pesquisa questionou os entrevistados sobre quais variáveis dão mais segurança no processo de retomada das aulas. Para mais de 90% dos responsáveis, os protocolos sanitários – como distanciamento e uso de máscaras – têm prioridade alta ou média. As decisões e diretrizes estabelecidas pelos governos têm o mesmo nível de prioridade para 70% dos entrevistados. 

Segundo um dos coordenadores da pesquisa, Tadeu da Ponte, está claro que os pais e responsáveis buscam normas sanitárias bem definidas para o retorno das aulas presenciais. “Quanto melhor as instituições de ensino se prepararem e se comunicarem com as famílias, mais clara esses pais e responsáveis terão formada a opinião da retomada”, analisa. 

O levantamento também colheu as opiniões dos pais e responsáveis sobre o regime de ensino remoto. Em uma escala de 0 a 10, na média entre os ensinos infantil, fundamental e médio, os responsáveis deram a nota 7,33 para o sistema. A maior parte (44,2%) dos entrevistados pensa que as aulas remotas deveriam ser mescladas com as presenciais. Já 31,3% preferem que todas as aulas continuem à distância, enquanto 24,7% afirmam que o sistema presencial deveria voltar completamente. 

Outro coordenador da pesquisa, Christian Coelho, avalia que a boa avaliação do regime remoto por parte da maioria dos responsáveis não deve continuar por muito tempo. Segundo ele, assim que houver uma vacina ou tratamento comprovados para a COVID-19, a opinião vai mudar. “Escola é convívio, é troca, e os pais sabem disso: é espaço de prática não apenas pedagógica, mas também social”, afirma. 

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