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Folha de Irati, 21:36, 16°C

Os trechos incluídos na operação fazem parte do mapeamento da PRF que possui 203 pontos – Foto: PRF

PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrou na quinta-feira (31) a Operação Velocidade Máxima. Em dezenove dias de ações direcionadas ao combate ao excesso de velocidade, prevenção e redução de acidentes nas rodovias federais, os policiais se concentraram em quatro regiões do país – Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Para fiscalizar a velocidade dos veículos, as equipes da PRF utilizaram radares portáteis instalados em pontos considerados críticos, por terem alto índice de acidentes graves.

Ao todo, a operação flagrou 107.819 veículos acima do limite de velocidade. A presença dos policiais contribuiu para a redução de 9,77% no número de acidentes graves, em comparação com o mesmo período do ano passado. A PRF constatou que, com a fiscalização reforçada nos trechos abrangidos pela operação, o número de feridos diminuiu. Entretanto, mesmo com o trabalho intensificado, o número de mortes aumentou em relação a 2022.

2023               2022

Acidentes graves    240 (-9,77%)      266

Mortes                     69 (+21%)           57

Feridos                     1.065 (-1,3%)      1.079

Mapeamento de pontos críticos

Os trechos incluídos na Operação Velocidade Máxima fazem parte do mapeamento da PRF que possui 203 pontos, considerados críticos nas rodovias federais por concentrarem alto índice de acidentes graves. O banco de dados reúne, de forma detalhada, as informações dos locais, número de ocorrências, mortes e feridos, além da variação dos índices entre os anos de 2022 e 2023. 

Os 203 trechos críticos representam apenas 3,95% da malha viária federal, mas de janeiro a maio deste ano, registraram 2.232 do total de 7.440 acidentes graves. A estatística representa 30% das ocorrências de maior gravidade ocorridas nas rodovias federais. A atualização dos números é constante e auxilia a PRF a definir estratégias para reduzir as ocorrências.

Redução da mortalidade

Em 2018, o Brasil registrou índice de 53 mortes por milhão de veículos. Por isso, naquele ano, o país criou o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS). O plano segue as diretrizes estabelecidas pela Nova Década de Segurança no Trânsito, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A meta do PNATRANS é reduzir a mortalidade no trânsito brasileiro em 50% nos próximos 10 anos, e alcançar o índice de 26 óbitos por milhão de veículos. Órgãos e especialistas em trânsito, além da sociedade civil, fizeram, em 2021, a revisão das metas estabelecidas para o período. A previsão é de que, até 2028, o Brasil preserve 86 mil vidas.

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