A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta nesta terça-feira, 6, sobre casos de contaminação pelo novo coronavírus em pessoas que já receberam as duas doses da vacina contra a Covid-19. “Há pessoas que, embora estejam imunizadas, podem se infectar”, disse a porta-voz da agência, Margaret Harris, durante uma entrevista coletiva. A representante ressaltou, no entanto, que as vacinas continuam sendo uma boa ferramenta no combate à pandemia, desde que sejam respeitadas as recomendações de distanciamento social e higiene pessoal. No último sábado, 3, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou através do seu perfil oficial no Twitter que está com a Covid-19, apesar de ter recebido a primeira dose da vacina russa Sputnik V em janeiro e a segunda, em fevereiro. No dia seguinte, a médica presidencial garantiu que o fato de ter sido imunizado fez com que o chefe de governo não desenvolvesse um quadro de saúde pior. A informação foi reiterada pelo Instituto Gamaleya, que afirmou que a vacina desenvolvida na Rússia é 91,6% eficaz contra infecções e 100% eficaz contra casos graves, de forma que o presidente argentino deve ter uma recuperação rápida, sem o desenvolvimento de sintomas mais significativos.
Rússia continuará fornecendo vacinas à Argentina
Nesta segunda-feira, 5, Alberto Fernandéz conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que ligou para saber sobre o seu estado de saúde. Fernández agradeceu e disse que está passando pela doença “suavemente e sem sintomas”, graças aos “efeitos positivos da vacina Sputnik V”. O argentino também ressaltou que os resultados da campanha de vacinação em seu país “são excelentes e sem efeitos adversos”. Quanto ao pedido de um “envio regular de vacinas” à Argentina, Putin frisou que o fornecimento “continuará como combinado”, de acordo com um comunicado presidencial russo. A Argentina já adquiriu 7.266.500 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, a maioria delas vindas da Rússia (4.468.100). Além da Argentina, a Sputnik V já está sendo distribuída em outros 16 países estrangeiros. No Brasil, a Anvisa ainda está analisando o pedido de uso emergencial da vacina, mas recentemente as cidades do Rio de Janeiro, Niterói e Maricá já fecharam contratos para compra de doses.
Putin não revelou se recebeu a Sputnik V
O presidente da Rússia, Vladmir Putin, recebeu a primeira dose de um imunizante contra a Covid-19 no dia 23 de março. No entanto, a vacinação do mandatário de 68 anos aconteceu sem a presença das câmeras e o governo se recusou a revelar qual imunizante foi utilizado. “Todas as três vacinas russas são absolutamente confiáveis, seguras e eficazes”, limitou-se a dizer o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva, referindo-se à Sputnik V, à EpiVacCorona e à CoviVac. De acordo com a mídia russa, a expectativa do governo é que o fato de Putin ter recebido a injeção estimule a campanha de vacinação contra novo coronavírus, que está tendo pouca adesão da população.
*Com informações da EFE