Pesquisar
Close this search box.

Irati PR, 07:04, 15°C

A ação realizada em 24 municípios resultou na retirada de 13 caminhões repletos de entulhos. Objetivo foi remover focos do mosquito transmissor da doença, em especial em locais incomuns

Um grande mutirão conta a dengue vistoriou 5.707 imóveis e resultou na retirada de 13 caminhões repletos de entulhos. A ação organizada pela Defesa Civil Estadual, envolvendo Casa Civil, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Estado da Segurança Pública, Corpo de Bombeiros e o Exército Brasileiro, aconteceu neste sábado (21) em 24 municípios. Também participaram radioamadores voluntários e agentes estaduais e municipais de endemias. Todo o trabalho foi coordenado do Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Defesa Civil Estadual, em Curitiba.

Com o apoio também dos municípios, o trabalho em campo começou cedo com a atuação de 582 pessoas dos órgãos envolvidos, com visitas nos bairros que apresentavam maiores índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue.

O secretário de Estado de Saúde, Beto Preto, destacou que essa foi mais uma ação do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue no Paraná. “Tivemos um dia de luta contra a dengue e nosso objetivo, chegando mais perto da casa do paranaense, é sensibilizá-lo para a importância deste trabalho de verificação de possíveis criadouros nos domicílios”, disse.

De acordo com ele, 90% dos focos estão nas residências. “Precisamos eliminá-los para reduzir a proliferação do mosquito, e assim reduzirmos também os casos de dengue, que passam de 65 mil casos confirmados, com 49 óbitos no Estado, segundo o último boletim da dengue  divulgado pela Sesa”, afirmou Beto Preto.

“Destacamos o trabalho de todos, incluindo os radioamadores voluntários que permitiram o contato direto com o pessoal nas cidades e o acompanhamento de toda movimentação das equipes”, disse o coordenador da Defesa Civil do Paraná, tenente-coronel Fernando Raimundo Schünig.

O trabalho se estendeu durante todo o dia e a principal atividade foi a remoção mecânica dos criadouros. “Além da retirada de todo este lixo, o que mais importa é que eliminamos tecnicamente  centenas de criadouros da dengue, com o objetivo de reduzir a proliferação do mosquito que transmite a doença, pois a dengue é grave e mata”, ressalta Beto Preto.

MUNICÍPIOS – Participaram dos mutirão os município de Altônia, Alto Paraíso, Alto Piquiri, Braganey, Brasilândia do Sul, Cafezal do Sul, Colorado, Douradina, Floraí, Guaíra, Icaraíma, Itaguajé, Iretama, Ivaté, Jacarezinho, Lupionópolis, Marechal Cândido Rondon, Munhoz de Mello, Nova Olímpia, Ourizona, Ouro Verde do Oeste, Santa Fé, Tupãssi e Xambrê.

GABINETE DE GESTÃO – Toda a ação foi coordenada do Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Defesa Civil Estadual, em Curitiba. O papel do Gabinete de Gestão na operação foi verificar se ação ocorria de forma adequada, dar apoio técnico às pessoas em campo e solucionar demandas e problemas que surgiram. O trabalho do gabinete se desenvolveu em fases, a primeira na sala de controle e a segunda na Sala de Gestão.

Na sala de controle, que contava com pessoal da Defesa Civil e da Rede Estadual de Emergência de Radioamadores (REER) para comunicação com o pessoal em campo, foi acompanhado o status da operação, direcionando as demandas que surgiam à Sala de Gestão para que pudessem ser solucionadas.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil estadual, nessa etapa o trabalho dos radioamadores da REER foi essencial para manter o contato, permitindo também acompanhar o movimento das equipes em algumas cidades a partir do posicionamento de GPS dos rádios, que é transmitido para um aplicativo. Com isso, o trajeto é mostrado no mapa.

A Sala de Gestão, que contava com representantes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Casa Civil, foi responsável por fazer contato com pessoas chave e resolver as demandas repassadas pelas equipes em campo, definindo parâmetros de ação para as dúvidas pontuais.

OBJETIVOS – A ação teve como foco a eliminação dos locais de criadouro do mosquito, em especial aqueles locais incomuns, e a divulgação de informação preventiva. Por isso, foi realizado o treinamento com os agentes municipais de controle de endemias, coordenadores municipais de defesa civil e bombeiros militares, de forma que ficassem aptos a identificar esses locais incomuns, garantindo a efetividade na ação.

Leia outras notícias