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Irati PR, 03:11, 17°C

Na última semana, de 08 a 14, foram sete óbitos registrados
Reprodução

Os números da Covid-19 em todo o Paraná não param de alarmar a população, seja no número de novos infectados, de leitos ocupados e, principalmente, de crescente número de óbitos.

Em Irati, do dia 1º de março ao dia 14 último, foram 243 novos casos confirmados, uma média de 18 infecções por dia. Entretanto, o que mais preocupa é a expressiva alta no número de óbitos no Município. Se, desde o início da pandemia, a média de contaminados que vinham a morrer se mantinha em torno de 1%, na última semana, de 08 a 14, foram sete óbitos, o que representa 5,3% na taxa de letalidade do vírus.
Diante dos números estarrecedores que estão surgindo em todas regiões, o coordenador do Centro de Operações Especiais e de Fiscalização da Covid-19 de Irati (COEF), enfermeiro Agostinho Basso, expressou a dimensão da preocupação do setor de Saúde. “Estamos vivendo a pior fase da Covid-19. Temos agora 25 internados, 17 em enfermaria e 08 em UTI, além mais 05 internados na UPA”.
Ele cita o recente e assustador crescimento de contaminados e doentes em família. “Uma pessoa mais jovem possivelmente traz o vírus para casa e contamina todos os demais. Temos casos em uma única família, de já ter acontecido o óbito de um adulto jovem, e mais três pessoas estão internados, sendo dois deles em UTI, e o terceiro em estado bem grave”. Basso acrescenta que os números estão aumentando, e no Paraná inteiro não há mais leitos de UTI nem de enfermaria.
“Hoje, segundos dados da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), a macrorregião Leste, que comporta desde Laranjeiras do Sul até Paranaguá, abrangendo Curitiba e o litoral, possuía apenas nove leitos de UTI disponíveis e apenas para quem já está em enfermaria dos hospitais. O Paraná está com 98% de ocupação dos leitos de UTI, e já são mais 1.300 pessoas no aguardo de alguma alta”.
O coordenador comenta que o governador Ratinho Júnior deve se pronunciar em breve com relação ao decreto do Estado, que expira às 05 horas de quarta-feira, dia 17, e Irati, que seguiu em sua maior parte o modelo dos decretos estaduais, também vai avaliar como proceder em relação às novas diretrizes estaduais. “A maior tragédia que pode ocorrer é as pessoas começarem a adoecer de forma grave, não encontrarem leitos e perecerem em casa”, finaliza.

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