Durante a manhã de segunda-feira (3), aconteceu o Ato Cívico em comemoração ao aniversário de Imbituva. No dia 3 de maio, a cidade completou 150 anos de existência. O evento foi realizado em frente à Prefeitura e contou com a participação de autoridades, da banda Municipal de Imbituva e de público restrito, devido à pandemia. A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo Facebook da administração.
Antes mesmo do aniversário da cidade, as comemorações já haviam começado. A programação, realizada ao longo do mês de março, foi a solução encontrada para que a data não deixasse de ser festejada, ainda que de uma forma diferente por causa da pandemia. Diversas atividades culturais fizeram parte dessa programação, entre elas: Concurso fotográfico “Imbituva 150 anos: olhares e perspectivas”; Concurso de Poesias; e Concurso para escolha do símbolo das comemorações dos 150 anos de Imbituva. Os vencedores dos concursos receberam premiações.
O prefeito Celso Kubaski afirma que participar da rica história de Imbituva é uma satisfação, além disso, qualificou a cidade como um município progressista. Referente à programação, Kubaski contou que o evento sofreu alterações, uma vez que esperavam que no mês de janeiro a pandemia estivesse controlada. Por isso, foi reformulado todo trabalho voltado para os 150 anos. Em um primeiro momento, a cerimônia foi pensada de outra forma, incluindo um evento grande, não apenas uma cerimônia civil.
O plano era realizar outras atividades para parabenizar o município, mas, segundo o prefeito, a pandemia atrapalhou muito as comemorações. “Contudo, a cidade está de parabéns da mesma forma. São 150 anos de muita glória” afirma Kubaski.
Celso ainda falou sobre o processo de reintegração do hospital. “O processo de restabelecimento do hospital está bem adiantado, tanto a parte de documentação quanto a parte de reestruturação. O que falta são alguns detalhes junto à 4ª Regional de Saúde. A expectativa é que a gente consiga reimplantar o hospital em Imbituva e voltar a realizar os procedimentos que a gente realizava há alguns anos”, comentou.
História do Município
No discurso durante a cerimônia, o secretário de Educação e Cultura, Zaqueu Bobato, contou um pouco da história da cidade de acordo com a professora, historiadora e geógrafa, Cleusi Bobato Stadler.
“Imbituva teve como movimentos principais de seu povoamento o tropeirismo e a imigração e como atividades econômicas em destaque a erva mate e a madeira. O início do povoado, no final do século XVIII, começou quando foi concedido sesmarias na região do Rio Imbituva. Vão se formar próximas a essas sesmarias novas comunidades campeiras em torno dos pousos dos tropeiros. Por esses campos do Cupim, passavam a então estrada das missões, oficializada em 1816. Ao longo da antiga estrada das missões foram surgindo povoações, inclusive, a nossa própria cidade. Em 1810, Diogo Pinto de Azevedo Portugal ordenou a construção da ponte sobre o Rio Imbituva, chegando mais tarde aos campos de Guarapuava. Pela estrada que passava pelos campos de Guarapuava e se entrosava com o caminho de Viamão, em Ponta Grossa, um dos pousos de tropeiros mais procurados era o do Cupim, que recebeu esse nome devido estar situado em uma elevação de terreno. Cujo formato peculiar, lembra o de um cupim, tão comum nos pastos paranaenses. Em 1871, no dia 3 de maio, os moradores em mutirão fizeram a capina inicial, para erigir a capela Santo Antônio de Pádua, no terreno doado pelo Senhor Antônio dos Santos Avila. O território da então Vila foi doado pelos senhores Joaquim Gaspar Teixeira, também um antigo tropeiro da região, Raimundo Rodrigues dos Santos, João Justiniano de Avila, João Lemes Batista e Antonio dos Santos Avila. Ficou considerado esse dia como data de fundação do município de Imbituva, que na origem do seu nome significa “muito cipó-imbé”. Imbituva = imbé + tuva, lugar onde há muito imbé. Após a chegada dos grupos principais de imigrantes, a então Vila de Santo Antônio do Imbituva se desenvolve cada vez mais, até ser elevada à categoria de cidade em 1910”, relata o secretário.