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Prudentópolis recebeu dezenas de refugiados neste período
Especialistas ajudam a entender o que está por trás do conflito - Foto: Prefeitura de Prudentópolis

Kauana Neitzel com informações Agência Brasil

Rússia e Ucrânia completam nesta sexta-feira (24) um ano de conflito. Milhares de vidas foram ceifadas, milhões de pessoas tiveram de deixar suas casas para tentar a vida em outros países e milhões de crianças abandonaram as escolas. Verdades e mentiras são espalhadas não apenas pela internet, mas também por fontes oficiais.

Para se ter uma ideia do desencontro de informações, o número de mortos varia, dependendo da fonte, de cerca de 7 mil, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a mais de 300 mil, de acordo com fontes militares consultadas por mídias européias.

Em meio a todo esse cenário de dúvidas e incertezas, especialistas e intelectuais falam sobre o que está, de fato, por trás do conflito.

Professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Goulart Menezes explica que o embate vai muito além de duas nações, o que de certa forma lembra a antiga Guerra Fria, na qual os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética se enfrentavam indiretamente, na busca por ampliar áreas de influência em diferentes regiões do planeta.

“Podemos denominar o conflito como uma guerra por procuração, após a Rússia ter violado a soberania territorial e o direito internacional, quando invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022”, diz o professor. Segundo ele, ao enfrentar a Ucrânia, a Rússia tem um embate “contra a Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e contra a principal liderança do grupo: os Estados Unidos, embora não estejam diretamente atuando no conflito”.

“O que está acontecendo, na realidade, não é guerra da Ucrânia. É guerra na Ucrânia. É uma guerra do Ocidente contra a Rússia”, afirma o diretor do Instituto de Politicas Públicas e Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), professor Hector Luis Saint-Pierre.

O prefeito de Prudentópolis, Osnei Stadler, lamenta este um ano completo de guerra e diz que receberam dezenas de refugiados. “Hoje, infelizmente, completa um ano de guerra da Rússia contra a Ucrânia. Um ano que os nossos irmãos passam pelos piores momentos, vivendo todos os dias com medo e sem saber se no dia seguinte estarão com vida. Apesar de diversas punições e sanções aplicadas contra a Rússia, ainda não existe uma previsão de trégua ou de paz.

Nesses 365 dias, recebemos dezenas de ucranianos, onde com uma grande força tarefa e com muito apoio conseguimos acolher eles da melhor maneira possível, na tentativa de neutralizar o máximo, o sofrimento de cada um.

Reitero o que disse desde o início, estamos e sempre estaremos de portas abertas para receber os nossos irmãos que necessitarem de ajuda. Vamos manter nossas orações, para que toda essa violência e atrocidade acabe o quanto antes, desejamos Paz a Ucrânia.

Grande abraço a todos e um final de semana abençoado”, disse o profeito.

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