Na próxima semana estreia o filme “Zé, a vida como ela é”, uma produção totalmente iratiense, que traz atores e mostra os lugares do município. O lançamento acontece no Cinema.com, apenas para convidados, mas depois será disponibilizado para o público em geral nas paróquias e no interior.
A produção do filme começou há mais de um ano, e depois de muito tempo de gravação e edição, o filme ficou pronto. O diretor, Lúcio Robaszkievicz, foi o idealizador de todo o filme. Ele trabalha com imagem e gravação de eventos, mas resolveu se dedicar ao filme e escreveu o roteiro.
São em torno de 30 pessoas, moradores de Irati, que participam do filme, uma delas é a Mila Zanella, que interpreta a personagem Isulina, mulher do protagonista Zé. “A minha vida é totalmente diferente, eu sou manicure e nunca pensei em atuar. Aí veio o convite do Lucio, e o que a gente achava que era um passatempo, uma brincadeira, hoje, se tornou sério e estamos aí divulgando o filme para vocês”, disse.
O marido de Mila, Valdecir Zanella, também faz parte do filme, ele é o Gumercindo, compadre de Zé. Para ele, o filme foi uma forma de unir as famílias. “Pensamos que era uma brincadeira, a minha área é totalmente diferente, tenho minha oficina de lataria e pintura, que não tem nada a ver com o filme. Mas é uma coisa bonita, porque o filme conseguiu famílias, a maioria é família, então é importante isso para o filme”.
O longa tem 2h e 12 min, e o diretor conta que viu o filme umas 50 vezes, mas não o assistiu inteiro, deixou para ver na estreia, no dia 04 de junho, com todos que participaram do longa.
INÍCIO
Tudo começou há quatro anos, quando Robaszkievicz teve a ideia e escreveu em um papel. Segundo ele, a vontade de fazer o filme surgiu ao mesmo tempo em que foi lançado em Rio Azul o longa “No meu tempo era assim” devido a repercussão grande e positiva que teve, o diretor resolveu esperar um pouco para colocar em prática o que tinha escrito.
Mas depois resolveu juntar os amigos e contou a história, eles já participaram juntos de quadrilhas. Mila fala que essa interação entre as pessoas ajudou para o filme. “Nos juntamos com uma turma que gosta desse tipo de brincadeira, já participamos de quadrilha, então, foi fácil desenvolver tudo isso, as brincadeiras, e ficou bem legal”.
PRODUÇÃO
Lucio já trabalha com foto e imagem, e de acordo com ele, a produção de um filme é bem diferente. “A partir do momento em que nós íamos filmando, no dia seguinte eu já editava para não acumular no final, e foi a melhor coisa que fiz, porque a edição deu muito trabalho”, conta o diretor.
Em relação ao roteiro, Lucio fala que foi adaptando. “Com o roteiro, as falas iniciais eu achei que estava saindo muito artificial o resultado final. Então mudei, lançava a ideia, e eu sabia que eles eram capazes de fazer, e faziam do jeito deles, e ficou bem legal”.
Em quase todo o filme foi utilizado apenas uma câmera de filmagem, e assim, o trabalho do diretor redobrou, segundo ele, era necessário reposicionar várias vezes, parar a gravação, enquadrar novamente e continuar.
As gravações eram feitas, geralmente, nos domingos, quando o clima não estava chuvoso. Tudo durou cerca de um ano para ser gravado. As imagens eram feitas em uma chácara no interior de Irati, e cada personagem se locomovia com o seu próprio veículo.
O diretor conta que serviço mais longo foi a edição, que ele fazia após as gravações, mas mesmo assim demorou. “Não sei dizer o tempo exato, mas foi bastante, foram muitas horas em frente ao computador para fazer a edição e finalizar”.
HISTÓRIA DO FILME
O filme conta a história de uma amizade entre um caipira que mora no interior e um menino, como se fossem pai e filho. O Zé, interpretado pelo Leonilton Simionato, não pode ter filhos então de dedicou a cuidar da criança, o Rodolfinho, quem dá vida ao personagem é o Rafael Susko.
No meio dessa amizade, Zé e a esposa Isulina recebem a visita de um primo que morava na cidade, quando o mesmo tenta enganar o caipira do interior com um bilhete premiado, ele é quem acaba se enganando, fazendo com que Zé ganhe o dinheiro, e ele resolve ir morar na cidade.
Mila relata que sua personagem é muito chata e não gosta de morar no interior, seu sonho é ir para a cidade e construir a vida, ela sonha em ser “madame”, e consegue, com o dinheiro que o marido ganha. Já Gumercindo, que é compadre do Zé, tenta ensinar ao amigo como “domar” a esposa, por ela ser muito brava, mas na verdade, quem tem problemas em casa com a esposa é o próprio Gumercindo.
ONDE ASSISTIR
A estreia oficial do filme iratiense será no dia 04 de junho, no Cinema.com, em Irati, para convidados.
O público em geral poderá assistir à produção nos salões paroquiais em Irati:
Dia 05/06 – Paróquia São Miguel
Dia 07/06 – Paróquia Nossa Senhora da Luz
Dia 09/06 – Paróquia São João
Dia 11/06 – Riozinho
Dia 12/06 – Operário
Dia 14/06 – Pirapó
Dia 21/06 – Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Quem quiser solicitar para assistir em sua comunidade pode entrar em contato pelo telefone (42) 9 9908-1163, com Lucio. O custo para assistir ao filme é de R$ 10.