Karina Ludvichak
Entre os dias 22 (terça-feira) e 25 (sexta-feira), a Secretaria de Educação de Fernandes Pinheiro está promovendo a 3ª edição da Feira Literária. A ação busca incentiva o hábito da leitura e promove momentos de aprendizagem e diversão para os estudantes da rede e demais participantes.
Com a temática “Histórias de resistências e ancestralidade”, a Feira Literária está concentrada no Parque da Prainha e conta com a venda de livros, experimentação sensorial e contação de histórias, além de exposições de projetos como “Água que Inspira”, “Boa Práticas Literárias, ações de saúde vocal e mental para os professores e oficinas do projeto “ARTEemCENA – que será realizada por estudantes do IFPR Irati durante o último dia de evento.
A Feira está aberta para os visitantes das 8h às 17h.
Izabel Jorge, coordenadora de ensino na Secretaria Municipal de Educação, explica que a Feira Literária não é um projeto, mas sim uma ação desenvolvida pela pasta que tem gerado bons resultados na avaliação de fluência leitora dos alunos, por exemplo. “Os nossos alunos, nas avaliações externas, eles estão se saindo muito bem. Os alunos do segundo ano, que têm que fazer a avaliação da fluência leitora, aqui na nossa rede têm tido notas muito boas. Então, a gente acredita que isso se deve a esse incentivo. Claro que é o trabalho dos professores, aquele trabalho maravilhoso que eles fazem lá em sala de aula, mas enquanto secretaria a gente tem proposto algumas ações também para incentivar a leitura de livros”, explica a coordenadora.
A coordenadora da Educação Especial no município, Sandra P. Costa, foi uma das organizadoras do espaço de experimentações sensorial do evento e conta que o desenvolvimento dos múltiplos sentidos pode tornar o ato da leitura ainda mais divertido e prazeroso. “Descobrir os gostos, os cheiros, o tato, o que é macio, o que é mais áspero, é muito importante para o desenvolvimento das crianças. E é muito importante, desde pequenos, a gente já colocar eles nesses espaços de experimentação”.
Gisele Roessler, psicóloga da Secretaria de Educação, está atuando no espaço de experimentação sensorial e também trabalha com ações voltadas ao autocuidado e saúde mental dos professores durante a feira. A psicóloga esclarece que a feira busca proporcionar um espaço que desligue os alunos das tecnologias e telas, incentivando a observação de novos ambientes e exploração dos sentidos, mas que dentro da escola a tecnologia deve ser bem vista e utilizada como uma ferramenta pedagógica. “Hoje em dia, tem muita pesquisa na área (da psicologia) dizendo que essa exposição precoce de crianças à tela pode trazer problemas a longo prazo […] Então, a atividade aqui (na feira) busca tirar um pouco esse contato da tela e do tecnológico para o livro físico, para a atividade que é mais física, mais do toque, do contato direto com os materiais, sem a mediação da tecnologia. A tecnologia eles já têm em casa. E, na escola, enquanto a educação, a gente precisa fazer diferente, não abolir a tecnologia, mas usar por um lado pedagógico e lembrar eles que existem outras coisas para além da tecnologia”, disse.
Josiane Aparecida Ferreira, fonoaudióloga do município, durante o evento, além da ação com as crianças, trabalha também a saúde vocal dos professores e profissionais da educação. “No dia 16 de abril foi o Dia Mundial da Voz, que é o dia de conscientização sobre os cuidados com a voz. Então, os professores, jornalistas e profissionais que usam a voz, eles têm que ter esse cuidado diário, porque a voz é o seu instrumento de trabalho. Então, é um trabalho de prevenção, de orientação sobre cuidados, tirando algumas dúvidas sobre alguns mitos e algumas verdades sobre os cuidados vocais”.
Além de contribuir para um vocabulário mais rico, a leitura serve para a ampliação da criatividade e imaginação. “Leitura é essencial para desenvolver vocabulário, para ampliar repertório linguístico. Então, quanto mais eu leio, eu consigo usar mais palavras para explicar uma situação, para descrever uma situação, consigo me comunicar melhor. E sem contar que a fala está diretamente relacionada à leitura e à escrita”, observa Josiane.
Izabel destaca que ações como a Feira Literária são necessárias, pois cada vez menos o hábito da leitura é incentivado, principalmente entre as crianças, por conta do uso excessivo das telas. “Vamos ler, gente! Precisamos ler mais. Menos tela e mais leitura”, finaliza.





























