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Na tarde da última terça-feira (21), o desmoronamento de uma casa assustou os moradores do bairro Vila Nova. O casal de proprietários estava dentro da residência quando a mesma veio ao chão, por volta das 17h. A mulher ficou ferida e recebeu atendimento médico. Dos escombros, pouca coisa pode se aproveitar, fazendo com que a família necessite de ajuda para reconstruir.

Na fatalidade, Maria Madalena da Silva e Denacir Domingos de Melo, foram retirados dos escombros pelos vizinhos até a chegada do Corpo de Bombeiros. A equipe esteve no local e conduziu a mulher para atendimento, a qual apresentava uma contusão na perna direita na região do joelho. Seu esposo não sofreu ferimentos graves.

Foi um grande susto. Quando vi tinha caído sobre mim o guarda roupa, a televisão de 29 polegadas e outras coisas. Meu marido e o vizinho me ajudaram a sair. Tive apenas um machucado na perna, mas isso é o de menos. Graças à Deus que estamos vivos, conta a mulher.

O casal mora na região há cerca de 8 anos. Eles haviam construído a casa que desabou há 3 anos e meio. Tínhamos uma casa menor, e construímos essa com seis cômodos. A única coisa que ficou de pé foi a área de serviço, o resto perdemos tudo. O que não estragou com o desabamento da casa, queimou com a chuva que caiu naquela noite, expõe Maria Madalena.

Da residência que continha seis cômodos, somente a área de serviços ficou em pé. Foto: Vinícius Batista

Além do Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e a Secretaria Municipal de Assistência Social foram acionadas para prestar apoio aos moradores. Segundo informações apuradas no local e repassadas pelos órgãos, a casa que era de madeira, estava em condições precárias, o que ocasionou a queda da mesma.

Pudemos constatar que era uma casa extremamente vulnerável e em condições precárias. Por se tratar de uma área de preservação e não destinada a moradias, a estrutura e condições de edificação da casa não tinham nenhuma segurança e construção provavelmente feita sem orientação de um profissional, disse a coordenadora da Defesa Civil de IratiRosenilda Romaniw Bárbara. Ela também afirma que estão sendo realizados os trâmites para que a região seja regularizada.

APOIO

A nossa reportagem entrou com contato com a Secretaria de Assistência Social do município para relatar sobre o atendimento que foi prestado à família, porém a secretária da pasta se encontrava em curso e não pôde atender as nossas ligações. O Departamento de Habitação encaminhou uma nota relatando o procedimento tomado.

Informamos que o Departamento de Habitação realizou todas as intervenções necessárias, bem como, os encaminhamentos pertinentes à demanda identificada, ou seja, atendimentos de Proteção Social Básica/CRAS e também ao PROVOPAR. Será realizado um diagnóstico com o intuito de identificar todas as famílias que residem de forma irregular no local, tendo em vista, que a área possui restrição para fins de moradia, por se tratar de Área de Preservação Permanente. As famílias identificadas serão orientadas a realizar o Cadastro Único Habitacional junto ao Departamento de Habitação, para acesso a moradia digna, diz a nota.

NECESSIDADE

Por conta da fatalidade, o casal, que trabalha com reciclagem, relata que perdeu tudo o que tinha, desde mobília até roupas e mantimentos. A Assistência Social esteve aqui e já nos deu um apoio, agora é esperar, mas estamos precisando de tudo. Quem quiser e puder nos ajudar será bem vindo, afirmam.

A família conta que está dormindo em um colchão no chão, precisando mais rapidamente de uma cama, além utensílios, como pia, guarda-louça, geladeira, guarda-roupa, comidas, e demais objetos de uso diário.

Os moradores estão alojados em uma casa que estava desocupada, em frente a que desabou, na via conhecida como Rua da Barroca. O casal expõe que quem tiver interesse em ajudá-los pode se dirigir até a residência, localizada próximo ao final da Rua Maria Lucinda Simões Scheiffer, no bairro Vila Nova.

 

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