Exposição fica no 1º piso da Biblioteca do Câmpus de Irati, e está aberta ao público de segunda a sexta, das 8h às 22h
Assessoria Unicentro
Até o próximo dia 20, quem for à Biblioteca do Câmpus de Irati da Unicentro vai poder visitar a exposição “Literatura e Pintura: aproximações possíveis”. A mostra reúne trabalhos que fazem releituras de poemas e pinturas de artistas ucranianos contemporâneos, como a escritora Svitlana Diduch Romanenko e a pintora Yuliia Mahda, que tratam sobre a invasão do país do leste europeu pela Rússia.
Os desenhos, as pinturas e os bordados apresentados na exposição foram feitos por acadêmicos do 3º ano de Letras-Português e por adolescentes do Movimento Eucarístico Jovem da Paróquia Imaculado Coração de Maria de Irati.
Foto: Coorc
A professora Regina Chicoski conta que a ação extensionista tem origem no Curso de Língua Ucraniana VI – Práticas Sociais, ministrado pela docente Édina Smaha, e sob a coordenação do Núcleo de Estudos Eslavos da Unicentro (NEES), em parceria com a Representação Central Ucraniano Brasileira (RCUB).
Instigados pela professora do curso a desenvolver uma prática social relacionada à arte, à cultura ou à língua ucraniana na comunidade, eles optaram por trabalhar a relação entre literatura e pintura, já prevista no plano de ensino de Teoria Literária. “Ao selecionar o material, percebemos a grande quantidade de poemas e telas divulgados nas mídias sociais após o início da invasão russa na Ucrânia, resultando nesta guerra absurda que se arrasta há quase dois anos. Após o trabalho em sala de aula, todos foram incentivados a interpretar os poemas, via ilustração. O resultado foi surpreendente, revelando muita criatividade, tanto dos acadêmicos quanto dos adolescentes”, destaca Regina, que coordena a exposição junto com o colega do curso de ucraniano, Alan Pedroso.
Para o aluno de Letras, Saulo Semann, a oportunidade de ilustrar poemas produzidos em um momento tão delicado da história ucraniana permite um contato profundo com sentimentos difíceis de serem imaginados, ainda mais por quem está tão longe do conflito. “Mergulhar nas traduções que proporcionam imagens distintas daquelas que são mostradas nas telas da televisão, ou internet, proporciona contato com uma realidade mais íntima deste povo que vive as tristezas e horrores na insanidade mais cruel das disputas humanas.
Cada verso desperta profundas sensações que oscilam entre o reconhecimento da realidade e a emoção transmitida, não apenas de tristeza e dor, mas de esperança, sonhos e força”, pontua.
Percepção semelhante é compartilhada pela acadêmica Camile Fedaracz. “Elaborar um trabalho como esse sabendo das condições que a Ucrânia se encontra nesse momento, até quem não é artista consegue expressar emoção, angústia, repressão. Esse trabalho conseguiu, por meio da poesia, nos dar um choque de realidade. Com as ocupações do dia a dia, acabamos esquecendo do que o país dos nossos ancestrais está passando”, ressalta.
Para o aluno de Letras, Saulo Semann, a oportunidade de ilustrar poemas produzidos em um momento tão delicado da história ucraniana permite um contato profundo com sentimentos difíceis de serem imaginados, ainda mais por quem está tão longe do conflito. “Mergulhar nas traduções que proporcionam imagens distintas daquelas que são mostradas nas telas da televisão, ou internet, proporciona contato com uma realidade mais íntima deste povo que vive as tristezas e horrores na insanidade mais cruel das disputas humanas.
Cada verso desperta profundas sensações que oscilam entre o reconhecimento da realidade e a emoção transmitida, não apenas de tristeza e dor, mas de esperança, sonhos e força”, pontua.
Percepção semelhante é compartilhada pela acadêmica Camile Fedaracz. “Elaborar um trabalho como esse sabendo das condições que a Ucrânia se encontra nesse momento, até quem não é artista consegue expressar emoção, angústia, repressão. Esse trabalho conseguiu, por meio da poesia, nos dar um choque de realidade. Com as ocupações do dia a dia, acabamos esquecendo do que o país dos nossos ancestrais está passando”, ressalta.
Foto: Coorc
A exposição “Literatura e Pintura: aproximações possíveis” fica no 1º piso da Biblioteca do Câmpus de Irati, que está aberta ao público de segunda a sexta, das 8h às 22h.