Eduardo Mady Barbosa, que atuou na Polícia Civil, foi condenado por caso que ocorreu em Marechal Cândido Rondon. Ele recorre para provar sua inocência
Na tarde de terça-feira (19), o ex-delegado, Eduardo Mady Barbosa, concedeu uma entrevista para esclarecer à imprensa o motivo de estar cumprindo a sentença de um caso que ocorreu em 2005, quando atuou na cidade de Marechal Cândido Rondon. Ele foi condenado por corrupção passiva e cumpre a decisão na sua residência, em Irati. Segundo Barbosa, ele não estava presente na ação, mas foi considerado envolvido pela participação de seus funcionários e pelo flagrante assinado.
Barbosa, que trabalhou por cerca de 10 anos em na região e hoje é delegado aposentado, foi condenado em segunda instância. Como surgiram muitas especulações sobre o caso, ele quis esclarecer para a população o que aconteceu por morar em Irati com sua família. “O caso aconteceu em Marechal Cândido Rondon. Meus funcionários foram cumprir mandado de busca e, segundo a pessoa que foi presa, era uma pistola, e não um revolver. Então, eles teriam trocado. Eu estava na minha casa e assinei o flagrante – pois são vários que o delegado assina, e não consegue acompanhar todos”, justificou.
O caso se consolidou como corrupção por causa do recebimento de dinheiro para trocar as armas. “Na verdade, eu não estava na delegacia, mas assinei o papel. Todas as outras pessoas envolvidas foram absolvidas – todos eles ‘deu prescrição’. O advogado (que também não foi chamado por nós) acabou tendo esta condenação”.
A sentença saiu ao fim do ano passado e, depois da determinação, o ex-delegado disse que já se apresentou e está cumprindo a ordem sem questionar. “Este fato não tem relação nenhuma com a vida particular ou profissional aqui na região. Sempre busquei levar as coisas do melhor modo dentro de legalidade. O que ocorreu tem nada a ver com a comunidade daqui”, esclareceu ele.
Barbosa atuou em várias delegacias além de Irati, como Inácio Martins, Rio Azul, Rebouças, Teixeira Soares, Fernandes Pinheiro, Palmeira, Porto Amazonas e Imbituva. “Acredito muito na minha vitória porque sei da minha verdade. Vou cumprir a decisão na minha residência, continuo podendo trabalhar e estudar. Vou até as últimas consequências para provar minha verdade e honestidade”.