Karina Ludvichak
Há dois anos a empresa IPS Tabacos se instalou no município de Guamiranga, para trabalhar na preparação do fumo in natura para a industrialização. A partir desta atividade, a empresa viu uma oportunidade de aproveitar melhor o produto, que acaba perdendo muita matéria-prima durante o processo de limpeza, e investiu mais de R$ 1 milhão em uma máquina que aproveita os farelos da planta.
Nos dois primeiros anos de atividade, a empresa contava com uma equipe de dez pessoas, e com o novo investimento vai gerar 30 novos postos de trabalho no município.
Inicialmente, a IPS Tabacos comprava o fumo dos produtores e preparava o produto para que fosse comercializado no mercado industrial, responsável pelo processo final, e o farelo era descartado. Com a aquisição do novo maquinário, é possível um aproveitamento maior da planta.
APROVEITAMENTO
Fernando Valdeni de Oliveira, proprietário da IPS Tabacos, conta que o aproveitamento do farelo do fumo é algo significativo para empresa, já que aumenta sua capacidade de produção, evitando o descarte de resíduos, com uso de quase total da planta, além de propiciar maiores rendimentos lucrativos.
Segundo o proprietário, o primeiro passo do aproveitamento é colocar o fumo ainda sujo dentro da máquina, para que a planta passe pelo debulhador, onde acontece a retirada da terra. Após isso, ela entra em uma segunda máquina, chamada de shake, que peneira o que sobra de resíduos de terra e outros materiais. Em seguida ela cai em uma esteira e passa pelo processo do “pique”.
O pique é realizado de forma manual, e consiste na limpeza de impurezas que a máquina não foi capaz de retirar. Oliveira comenta que é neste setor que a empresa tem mais postos de trabalhos disponíveis. Após o pique, a quinta etapa é a da vaporização, para a retirada da umidade.
Depois da vaporização, o fumo vai para o secador, onde qualquer resíduo de umidade que ficou após a vaporização é retirado. Em seguida, passa por mais uma esteira onde acontece a retirada do talo da planta. Após os talos serem retirados, o produto cai dentro de caixas e está pronto para ser encaminhados para as indústrias.
Além de um maior aproveitamento do produto e os empregos gerados, o novo investimento também vai fomentar a economia local.
