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Investir em ativos reais serve como proteção natural e os imóveis se corrigem com a inflação
Foto: jcomp

Leonardo Grandchamp

O conflito entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de duas semanas, continua refletindo na economia mundial, especialmente com a queda das bolsas de valores e o aumento dos preços do petróleo e do gás. A guerra tem movimentado o mercado de capitais desde o seu início, e o embate coloca em risco diversas relações comerciais a nível global. 

De acordo com Rafael Scodelario, corretor de imóveis desde 2009 e empresário no ramo imobiliário desde 2013, a instabilidade decorrente da guerra subiu e mexeu com as commodities, gerando um efeito dominó, já que “as commodities pressionam a inflação (que já está em alta nos países) e pressionam a taxa de juros, e o único remédio para conter a inflação é subindo os juros”, pontua.

Scodelario explica que o Comitê de Política Monetária (Copom) já tinha uma previsão de, ao término do ano, chegar a uma taxa de 12.5% a.a, e agora estão falando em 13.4%, o que configura a expectativa de um aumento em 1%. “Isso mostra que o mundo ainda é dependente de ativos reais, e faz com que muitos Family Offices (fundos de investimentos privados) voltem a olhar mais para esses ativos, que têm os imóveis como melhor exemplo”, afirma.

Scodelario explica que essa movimentação se trata de assegurar o patrimônio em tempos de instabilidade, e afirma que melhor do que renda fixa, assim como variável, é colocar o dinheiro em ativos reais. “Isso é proteção natural. Ninguém toma de você, e os imóveis se corrigem com a inflação”, finaliza.

Por Rafael Scodelario, corretor de imóveis desde 2009 e empresário no ramo imobiliário desde 2013.

Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/efeitos-da-guerra-da-ucrania-nas-commodities-e-no-mercado-imobiliario/

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