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Neste final de semana, se encerram os contratos das empresas concessionárias, marcando o início de um hiato sem cobrança de pedágios até que a nova licitação seja realizada. Governador ressaltou que prorrogar o contrato atual não seria um ato justo com a população do Paraná e, por isso, o Governo do Estado teve um trabalho árduo de construção de um novo modelo ao longo dos últimos dois anos e meio
Foto: Jonathan Campos/AEN

AEN

“Hoje é o dia do livramento. É o ponto final de um capítulo ruim no desenvolvimento econômico e social do nosso Estado”. Foi com esse tom que o governador Carlos Massa Ratinho Junior pôs fim a um período conturbado da história contemporânea do Paraná: a concessão das rodovias do Anel da Integração. Neste final de semana, se encerram os contratos das empresas concessionárias, marcando o início de um hiato sem cobrança de pedágios até que a nova licitação seja realizada.

“Com esse dia histórico, temos a oportunidade de apagar um passado ruim, marcado por um contrato mal feito que, ao longo dos últimos 24 anos, prejudicou nosso progresso, não entregou as obras previstas e gerou mentiras políticas e muita corrupção”, afirmou Ratinho Junior, durante evento no Palácio Iguaçu para anunciar o plano de operação das rodovias a partir do fim das concessões.

Ele ressaltou que prorrogar o contrato atual não seria um ato justo com a população do Paraná e, por isso, o Governo do Estado teve um trabalho árduo de construção de um novo modelo ao longo dos últimos dois anos e meio, elaborado em parceria com o Ministério da Infraestrutura e sociedade civil. A proposta garante a menor tarifa, sem limite de desconto e com a garantia de obras a partir de um seguro-usuário, e atualmente está em etapa de análise pelo Tribunal de Contas da União.

“Estender o contrato não seria correto com quem sofreu com tantas mentiras, roubos e falta de infraestrutura durante todos esses anos. Faremos novos contratos com transparência, na Bolsa de Valores, com obras exigidas no início da concessão e preço justo. Teremos praças com preços até 65% mais baixos do que os atuais”, ressaltou.

HUB LOGÍSTICO – A nova concessão de rodovias não apenas propõe preços mais baixos como prevê R$ 44 bilhões de investimentos em obras nos 3,3 mil quilômetros de rodovias. Esse pacote, o maior já promovido no Brasil, integra um planejamento estratégico do Governo do Estado para aproveitar o posicionamento geográfico do Paraná para transformá-lo em um novo hub logístico da América do Sul.

O governador ressaltou que a localização do Estado proporciona oportunidades únicas de conexão entre outras regiões, conectando o Sul ao Sudeste do País e fazendo fronteira com Argentina e Paraguai. Para explorar esse potencial, o planejamento foca em novos investimentos para todos os modais de transporte do Estado.

“Temos o Porto de Paranaguá, eleito por duas vezes consecutivas o mais eficiente do Brasil. Estamos tirando do papel o projeto da Nova Ferroeste. Concedemos quatro aeroportosà iniciativa privada. Tudo isso projeta o Paraná para ter a melhor infraestrutura do Brasil”, destacou Ratinho Junior.

Dentre as melhorias previstas nas concessões aeroportuárias, está a construção da terceira pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena e a ampliação da capacidade tecnológica do Aeroporto de Londrina, além da ampliação dos Aeroportos Bacacheri (Curitiba) e de Foz do Iguaçu. Este último, inclusive, já foi alvo de reformas recentes, ganhando a maior pista de pousos e decolagens do Sul do Brasil em uma parceria com a Itaipu Binacional.

Além disso, para além das obras previstas na nova concessão, o Governo do Estado já está potencializando outras rodovias paranaenses, com a duplicação da Rodovia dos Minérios, a revitalização da Estrada Boiadeira, a duplicação da PR-445, que liga Mauá da Serra a Londrina, a pavimentação da estrada entre Mato Rico e Pitanga, a reformulação do Trevo Cataratas, a pavimentação em concreto da PRC-280, entre outros.

PLANO DE OPERAÇÃO – Durante o evento, o governador e os secretários estaduais de Infraestrutura, Saúde e Segurança Pública detalharam o plano de operação integrado que o Governo do Estado criou para assumir a gestão das rodovias a partir do fim das concessões atuais. A manutenção das rodovias federais retorna ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Já as rodovias estaduais ficam sob a administração do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).

Ratinho Junior ressaltou que o período é de atenção e vigilância para cuidar de rodovias extremamente importantes para a logística estadual, que funcionam como “artérias”, e que o período de transição vai levar a uma fase mais brilhante da história do Estado.

“Estamos falando de uma geração que não conseguiu andar em rodovias não pedagiadas e uma geração que não viu rodovias com pedágio justo. Que a nova geração que venha a nascer possa conviver com estradas modernas, com estruturas de primeiro mundo e um preço decente”, complementou o governador.

“Estender o contrato não seria correto com quem sofreu com tantas mentiras, roubos e falta de infraestrutura durante todos esses anos”, disse o governador. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

PRESENÇAS – Compareceram ao evento o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex; o secretário estadual de Segurança Pública, coronel Rômulo Marinho; o secretário estadual de Saúde, Beto Preto; o secretário estadual de Comunicação e Cultura, João Evaristo Debiasi; o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o superintendente da PRF do Paraná, inspetor Antônio Paim; o diretor-geral do DER/PR, Fernando Furiatti; o comandante-geral da PMPR, coronel Hudson Leôncio Teixeira; o comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Vasco Figueiredo Junior; o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski; o presidente da Sanepar, Cláudio Stábile; e o diretor adjunto de Comunicação da Copel, David Campos.

Fonte: aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=116891&tit=E-o-fim-de-uma-novela-tragica-que-travou-o-desenvolvimento-do-Parana-diz-governador-sobre-o-Anel-de-Integracao

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