Nilton Cesar Pabis
O Instituto Paraná Pesquisas divulgou nesta terça-feira (25) mais uma pesquisa para o segundo turno das Eleições 2022. É a terceira que o Paraná Pesquisas realizou neste período. Especialistas apontam que a diferença é tão pequena que o vencedor “deve ser visto na fotografia”, termo utilizado para verificar vencedores em corridas de cavalo, onde o vencedor era conhecido pela fotografia tirada na fita de chegada.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º BR-00525/2022 para o cargo de Presidente. Foram entrevistadas 2.020 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal, e em 162 municípios entre os dias 20 e 24 de outubro. A margem de erro é de 2,2%, para mais ou para menos.
A diferença entre os candidatos diminuiu da ultima pesquisa para apenas 0,4%. Isso quer dizer um empate absoluto na casa de 42% no questionamento espontâneo. Os indecisos somam 9% e 5,7% branco e nulo. Lula tem 42,9%, e Bolsonaro 42,5%.
No comparativo com as outras pesquisas realizadas com Instituto Paraná Pesquisa a nível nacional, percebemos que a diminuição dos indecisos e o aumento dos índices de Bolsonaro estão quase na mesma proporção, nota-se que houve uma migração da intenção de votos de indecisos para Bolsonaro em mais de 2%. Por outro lado, os brancos e nulos aumentaram em 0,3%.
Enquanto Lula aumentou 0,1% em relação a ultima pesquisa, Bolsonaro aumentou 2,3% mostrando uma curva de crescimento que já pode confirmar uma virada eleitoral.
A pesquisa também tem resultados semelhantes, os indecisos são 3% enquanto os brancos 4,8%. Lula tem 46,3% e Bolsonaro 45,9%, o que dá uma diferença de apenas 0,4%. Pela primeira vez, os dois cenários dão o mesmo numero com uma diferença mínima.
No quadro comparativo, os indecisos caíram 0,6%, os brancos e nulos, 0,2% e Lula caiu 0,6%, enquanto Bolsonaro cresceu 1,4%. Isso mostra uma tendencia de crescimento de Bolsonaro maior que a queda de Lula, que vem se apresentando desde o primeiro turno, embora a comparação aconteça apenas no segundo turno das eleições.
Projeção
Na projeção dos votos válidos, onde não se computa os indecisos, Lula teria 50,2%, se as eleições fossem hoje, e Bolsonaro 49,18%. Com a margem de erro de 2% para mais ou para menos, Lula varia de 52,2% a 48,2% e Bolsonaro de 51,8% a 47,8%. Isso mostra um empate entre os dois candidatos, uma vez que na maior parte das possibilidades eles aparecem com pontuações iguais. Mas o que chama a atenção é que a curva de crescimento é constante nas pesquisas independente do volume.
Se compararmos as três pesquisas, Lula perdeu para Bolsonaro 1,7% dos votos, mas esse crescimento de Bolsonaro se acentuou na ultima semana. Embora em empate técnico, mostra que a eleição deste final de semana será definida em um resultado muito pequeno que não deve superar os 3% de diferença.
Outro detalhe também é a rejeição de Lula que subiu no segundo turno. Saltou de 45,4% para 48,6%, enquanto a de Bolsonaro desceu de 49,3% para 48,8%, isto mostra que em mais este quesito eles empataram. A rejeição aponta um teto de voto que os candidatos poderiam alcançar. Mas os indecisos, 3,5%, somados aos que podem votar nos dois candidatos, 2,4%, são índices que podem estar alojados, os eleitores que podem definir esta eleição. Para onde a maioria deles penderem, define a eleição no Brasil.
Alguns cientistas políticos dizem que se aplicar recortes por estados, os resultados podes já mostrar Bolsonaro na frente. Isso porque Bolsonaro cresceu em 15 estados, mais do que Lula, e se computarmos isso de forma diferenciada já se teria uma posição que apontaria Bolsonaro na frente das intenções de voto. Isso é o que defende o cientista político Leonardo Barreto, por exemplo.
Mas nessa reta final será vencedor aquele que errar menos na estratégia.