Nesta edição, os produtores e técnicos visitaram a propriedade de Ciro Wagner, no Município de Santa Maria do Oeste
Secom
A Prefeitura de Irati, através da Secretaria de Agropecuária, Abastecimento e Segurança Alimentar, promoveu na sexta-feira (16), mais uma edição do Dia de Campo, projeto que visa capacitar os produtores rurais de Irati. O foco foi a produção da Sericicultura, atividade consiste na criação do bicho-da-seda para a produção de fio.
Nesta edição, os produtores e técnicos visitaram a propriedade de Ciro Wagner, no Município de Santa Maria do Oeste. Ele é um dos precursores da atividade no Paraná. Além dos aproximadamente 38 produtores rurais do município e da região, também estiveram presentes representantes da empresa Bratac, referência no mercado de seda no Brasil.
Na oportunidade, foi ministrada uma roda de conversa sobre a produção orgânica e as vantagens de se produzir o bicho-da-seda. Segundo o secretário de Agropecuária, Abastecimento e Segurança Alimentar, Raimundo Gnatkowski, o evento foi muito produtivo e os produtores de Irati saíram motivados. “Foi um dia de muita troca de conhecimento, tivemos a oportunidade de conversar diretamente com técnicos e outros produtores e ver na prática como a Sericicultura funciona”, aponta.
O secretário ainda destacou o potencial da região para a produção dessa cultura em Irati. “Nós vimos com bons olhos, o clima necessário é semelhante ao encontrado no município, então as amoreiras onde o casulo é depositado vão se adaptar bem, inclusive os técnicos da Bratac já estão no município fazendo a análise de solo para o início do plantio para os produtores interessados”, aponta.
Segundo o secretário a empresa estará presente com os produtores desde o início do processo, fazendo a entrega e plantio das mudas de amora, também na entrega dos casulos até a colheita. O processo de produção até a colheita é de 28 dias desde a entrega dos casulos. “A vantagem para o produtor é que além da assistência no plantio e produção o pagamento é feito de imediato após a colheita” complementa.
Quem já produz indica, Ciro Wagner no ramo a mais de 26 anos conta que o custo de investimento inicial é baixo e a rentabilidade é assegurada, pois a perda é muito pequena. “Estamos a mais de 26 anos na atividade, iniciamos de forma manual, hoje estamos mecanizados em todo o período tivemos muito pouca perda, pois o clima da região é propicio e a assistência dos técnicos é constante”, destaca o produtor.
O cultivo do bicho-da-seda representa uma diversificação e uma nova opção de renda para agricultura em Irati, além de ser um mercado em expansão no mundo. Atualmente a seda produzida no Brasil é consumida no mundo inteiro nos mais diversos mercados, sendo o estado do Paraná o maior produtor. Irati pode ser o precursor na região e abrir caminho para uma nova cultura.