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Edson João Felippe não compareceu ao julgamento sob a alegação de problemas de saúde. A pena total será de 10 anos e 9 meses em regime fechado
Foto: Reprodução

Esther Kremer

O Tribunal do Júri de Imbituva condenou em 10 anos e 9 meses de prisão, em regime fechado, nesta quarta-feira (13), Edson João Felippe por provocar, sob efeito de álcool e em alta velocidade, o atropelamento que matou o menino Breno Kauan Penteado, de 6 anos, e feriu o pai, Douglas Liques Penteado, e o irmão, Lucca Ryan Liques Penteado, então com 2 anos. O caso ocorreu em 5 de novembro de 2017, na localidade de Mato Branco de Baixo, em Imbituva.

O réu foi considerado culpado por todos os crimes indicados pela acusação, que incluiu homicídio com dolo eventual, duas tentativas homicídio com dolo eventual e embriaguez ao volante. O caso gerou grande comoção na comunidade, tanto pela idade da vítima quanto pelas circunstâncias do crime, que envolveu alta velocidade e embriaguez. Após análise das provas, o júri acolheu integralmente a tese da acusação.

Segundo a acusação, Edson conduzia um Fiat Uno Mille Fire, embriago com 0,57 mg/L de álcool, quando perdeu o controle do veículo e atingiu as vítimas, que pedalavam no acostamento da rodovia. O impacto lançou Douglas e Lucca para fora da pista e, em seguida, atingiu Breno, que sofreu politraumatismo, traumatismo craniano e lesões na coluna cervical, morrendo ainda no local.

Com a condenação, Edson João Felippe deverá cumprir pena de 10 anos e 9 meses. Ainda, o juiz decretou a prisão de Edson na sessão, porém, como ele não compareceu, será expedido mandado de prisão. A decisão encerra uma espera de quase oito anos por parte da família de Breno, que agora vê reconhecida a responsabilidade pelo crime.

“A gente, como assistente de acusação, espera que uma decisão como essa gere repercussão na sociedade. Para que as pessoas que forem beber e pensarem em dirigir saibam desse fato. Dos danos que podem causar e que podem até ser presos por esse ato, porque alguns têm uma visão de que a situação não gerará consequências. Mas ela gera, sim”, disse o Dr. Fernando Deneka, assistente de acusação, após a decisão do juiz.

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