Entenda o que é e como solucionar o zumbido no ouvido

Ter o zumbido por muito tempo, pode ser sinal de perda auditiva

Dr. Bruno L. Alencar – Otorrinolaringologista – CRM 18299 RQE 13511

O tinnitus – mais conhecido popularmente como zumbido no ouvido – pode estar relacionado ao estresse emocional e acústico. Ou seja, quando permanecemos muito tempo em lugares barulhentos, ou depois de um dia cansativo. Porém, se o ruído for persistente e te acompanhar durante o dia, e durar semanas, está na hora de procurar um médico.

Ter o zumbido por muito tempo, pode ser sinal de perda auditiva, ou sintoma de outras doenças. Por isso é importante não ignorar – e nem acostumar – com esse problema.

O que é o zumbido no ouvido?

O zumbido no ouvido é uma sensação auditiva – e pode ser referida como sendo “na cabeça” – que atinge quase 28 milhões de pessoas no Brasil. Algumas pessoas escutam frequentemente um som no ouvido sem origem definida, que “vem de dentro” do ouvido. Este problema pode afetar apenas um dos lados, ou até mesmo os dois ao mesmo tempo.

Este barulho desconfortável pode ser leve, sendo notado apenas quando está em silêncio. Ou pode ser intenso e acompanhar a pessoa no decorrer do dia. Com isso, deve-se ficar atento aos sintomas que acompanham o zumbido no ouvido, como perda auditiva, tontura, febre, dor de cabeça e perda de equilíbrio.

Tipos de zumbido no ouvido

Cada um descreve o zumbido de uma forma diferente, alguns são mais graves, enquanto outros são mais agudos, o que não faltam são descrições para esse som tão desagradável.

Veja algumas dessas variações dos barulhos vindos do ouvido:

•             Apito;

•             Chiado;

•             Grilo ou cigarra;

•             Clique e estalos;

•             Panela de pressão;

•             Cachoeira;

•             Motor;

•             Coração batendo;

•             Rádio fora de sintonia e etc.

Causas do barulho vindo do ouvido

Segue abaixo os 7 motivos do zumbido no ouvido

1.                   Perda de audição: a perda de audição é uma das principais causas do zumbido no ouvido. Cerca de 90% dos casos que envolvem esse sintoma, tem como diagnóstico a perda auditiva;

2.                   Excesso de cera: bloqueios no canal auditivo externo podem causar alterações de pressão na membrana timpânica, o que resulta no zumbido;

3.                   Infecção no ouvido: a infecção no ouvido leva ao acúmulo de líquidos no ouvido médio, que por sua vez, também alteram a pressão no ouvido;

4.                   Disfunção temporomandibular: a articulação temporomandibular (ATM) tem como função realizar os movimentos da boca. Quando essa articulação é, por exemplo, sobrecarregada pode resultar na disfunção da ATM (DTM);

5.                   Doenças crônicas: além dos fatores mencionados acima, doenças crônicas como pressão alta, diabetes, problemas na tireoide, além de doenças cardiovasculares, também podem causar o zumbido no ouvido;

6.            Substâncias: outra forma de tentar identificar a causa do zumbido é descobrindo os gatilhos que disparam ou até mesmo pioram o ruído;

7.            A sensibilização central: a sensibilização central corresponde a alterações e modificações decorrentes de uma disfunção em como estímulos persistentes e de longa duração.

Como tratar o zumbido no ouvido?

O resultado para minimizar o zumbido vai depender muito da causa e da resposta do paciente, perante o tratamento. Como o ruído é associado a mais de 200 fatores, o diagnóstico se torna muito complexo e é feito por exclusão. Para começar o médico pode pedir uma audiometria, e depois alguns exames de sangue para identificar enfermidades como diabetes, colesterol alto, entre outros fatores.

A partir do momento em que o médico consegue diagnosticar qual a causa do zumbido no ouvido, ele poderá encaminhá-lo ao especialista correto, como um fonoaudiólogo, um cardiologista, um otorrinolaringologista, ou até mesmo ao dentista, caso o zumbido seja motivado pela DTM. Em alguns casos pode ser necessário o uso de medicamentos como vasodilatadores, ansiolíticos, anticonvulsivantes, antidepressivos ou até mesmo o uso de aparelhos de amplificação sonora.

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