Grupo de devotos de Rio Azul realiza viagem a cavalo para Aparecida

Ao todo, são oito cavalheiros e três apoiadores nesta jornada

Leticia H. Pabis

No dia 1º de junho, o grupo Tropeiros da Paz, de Rio Azul, iniciou uma viagem a cavalo com destino ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo. A previsão de chegada no destino final é para o dia 26 deste mesmo mês, visto que o grupo anda, em média, seis horas por dia para preservar o bem-estar dos cavalos, permitindo que os animais descansem cerca de 18 horas diárias.
O grupo, que foi fundado em 25 de maio de 2011, possui o objetivo de fortalecer laços de amizade, independente dos lugares que passarem. Como são devotos de Nossa Senhora Aparecida, decidiram visitar o santuário e fazer o caminho montados em cavalos, para reviver o tropeirismo, uma atividade realizada por homens no período colonial brasileiro.
Os cavaleiros que estão participando desta aventura são: Quirino Alfredo Bucco, Edilson Kruk, Sergio Kovalski, Nestor Garanteski, Juliano Soares e Sergio Spek. Como apoio, estão acompanhando o grupo Ozio Garanteski, Gregório Pelek e Ari Pszybysz.
Destes participantes, alguns realizam este trajeto pela primeira vez. Quirino Bucco está participando da viagem pela 4ª vez, e fala sobre o andamento desta aventura. “Nessa primeira semana ocorreu tudo tranquilo, sem nenhum imprevisto. Os que estão aqui a primeira vez estão gostando por demais. Eu ando a cavalo desde criança e sempre gostei, no último dia 04 completei 62 anos, na estrada, a festa foi em Carambeí, com muito estilo e galhardia”, relatou.
Quirino conta que já fez este mesmo trajeto em 2017, porém, naquele ano, percorreram ida e volta, passando 64 dias na estrada. “Não existem desafios, a fé nos ajuda por todo o caminho”, disse Quirino.

Foto: Reprodução

TROPEIRISMO
O tropeirismo surgiu como uma atividade comercial no século XVII, com a finalidade de promover a interligação dos polos econômicos do Brasil. As mercadorias importadas e alimentos eram levados no lombo de mulas e cavalos, que cortavam várias trilhas capazes de integrar diferentes pontos da geografia nacional.


Este movimento representou grande importância para o fortalecimento da economia e crescimento da vida em espaços rurais e pequenas cidades no sul, sudeste e centro-oeste do país. Mesmo com a expansão do movimento tropeiro pelo território nacional, sua origem e principais tradições carregam fortes traços da cultura gaúcha, como os ponchos, chapéus e botas, a alimentação e até o vocabulário.

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