Após seis anos, FENART volta a acontecer no Nacional em Irati

Karina Ludvichak

Entre os dias 20 e 23 deste mês, Irati se tornou o centro do tradicionalismo gaúcho com o Nacional 2023, evento que integra o 20º Rodeio Crioulo Nacional de Campeões, 10º Jogos Tradicionalistas e o 15º Festival Nacional de Arte e Tradição Gaúcha (FENART). Ao todo, mais de nove mil competidores se apresentaram nos palcos e arena do CT Willy Laars e espaços no Parque Aquático.

O Nacional proporcionou à cidade de Irati uma oportunidade única, que é prestigiar um evento brasileiro que une pessoas de todo o país com competições e apresentações culturais de encher os olhos. A experiência também foi única para os competidores, que se emocionaram com a torcida e a adrenalina de estar se apresentando em um evento tão importante para a cultura gaúcha.

Foto: Secom Irati

FENART

Promovido e organizado pela Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha (CBTG), o FENART não acontecia há seis anos. Composto por um conjunto de provas individuais e coletivas que acontecem a cada dois anos, o FENART busca a valorização da cultura brasileira, com foco na promoção e valorização da cultura gaúcha, e é divido em sete categorias, sendo elas: Danças Tradicionais; Danças Tradicionais Campesinas; Chula; Música; Causo e Declamação; Danças Birivas e Dança de Salão.

A equipe da Folha de Irati conversou com alguns participantes, técnicos responsáveis, organizadores e diretores de alguns Movimentos Tradicionalistas Gaúchos (MTG) de diferentes estados para saber como foi para eles participar das competições do 15º FENART.

AVALIADORES
Luciano Ricardo Fleck, diretor artístico do CBTG, explica que a maioria dos jurados que avaliam as apresentações são do Rio Grande do Sul e possuem um grande conhecimento nas categorias que estão julgando. Além disso, segundo o diretor, os jurados participam de diversas bancas de avaliação durante o ano todo em competições tradicionalistas, o que afina ainda mais o olhar para os detalhes durante as apresentações das diversas categorias existentes dentro do FENART.

Fleck conta que através destes critérios estabelecidos pela confederação é possível se manter fiel ao tradicionalismo. “Assim a gente valoriza aquilo que era feito, respeita aquilo que era feito, mas projetando o futuro e entendendo nesse bom senso que muitas coisas têm que serem adequadas. É um processo difícil, um processo que traz uma carga de responsabilidade muito grande para cada avaliador. Mas todos eles estudam muito”, finaliza.

Foto: Secom Irati

Jeferson de Quadros Moreira – Vice-presidente Artístico do MTG de Santa Catarina

É muito bom encontrar tradicionalistas. Música boa. É bom a gente estar no meio de amigos, né?! Reencontrando novamente aí várias pessoas que a gente, após pandemia, não via.

Agadir Mossmann – Presidente do MTG do Mato Grosso do Sul

O mais importante é esta integração da cultura. Nós estamos unidos com diversos estados, são oito MTGs participando e isso é importante para a gente ver a dimensão do que vem ganhando hoje a cultura gaúcha fora do Rio Grande do Sul.

Alexandre da Rocha – Instrutor técnico de dança do CTG Instância Colorado de Cascavel – PR

No Rio Grande do Sul a gente tem uma realidade bem diferente. Eu nunca tinha passado por uma sensação que é a de estar no Nacional. E eu tive a oportunidade de conhecer o FENART aqui no Paraná, e para todos nós (da equipe) é uma emoção muito grande estar representando o nosso CTG e trazendo a cultura gaúcha para outros estados.

Ana Laura Bonadia – Declamadora do CTG Fronteira Aberta de Sorocaba – SP

O evento é muito incrível, tem bastante coisas para participar, bastante modalidades para assistir.

Mateus – Coordenador técnico de alguns  grupos de dança dos MTGs de Santa Catarina

A competição não é o ponto máximo do nosso tradicionalismo. O ponto mais no tradicionalismo é a gente cultuar essa tradição que é tão linda, que é tão bonita, que mesmo sendo catarinense, aprecia o solo gaúcho, porque gaúcho é o estado de espírito, já dizia o Paixão Côrtes.

Tatiane da Rosa Crestani – Declamadora do Rio Grande do Sul

Tatiane e a filha Sofia participaram do Nacional, ela como Declamadora e Sofia como Vocalista Solo Mirim. Para nós é uma emoção muito grande participar de um evento tão bonito. Foi a primeira vez que a gente veio para o Nacional. É um marco.

Rafael Afonso Gomes da Silva – Dançarino de Chula – CTG Planalto Lageano de Lages – PR

Para mim, participar do Nacional é um desafio, é uma meta que eu queria alcançar e graças a Deus alcancei.

Eduardo – Dança Tradicional em Grupo – CTG Pousado do Sul – MT

É uma experiência muito boa participar do Nacional, pois é muita gente para competir. É uma felicidade muito grande poder competir com o nosso grupo.

Bianca Dalpra – Dança Campesina em  Grupo – CTG Coxilia do Quero-quero de  Chapecó – SC

É uma emoção única participar do evento. Não tenho palavras para descrever este momento.

Vencedores da Dança de Salão Mirim, Alan da Silva, Gabriela e a professora Gabriella Dominski Cristaldo do CTG Charrua de Foz do Iguaçu – PR

“Não existem palavras para descrever a emoção, pois tem todo um preparo e uma história por trás deste título. Estou muito feliz”, declarou a professora da dupla campeã.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.