Amanda Borges
Todo dezembro a comunidade do Faxinal dos Francos, em Rebouças, fica mais iluminada graças a casa da Célia Ferreira de Andrade Lascoski e do Jonas César Lascoski. Há 13 anos, o casal e seus dois filhos enfeitam o lar para esperar o Natal. Com suas 50.000 luzes, a casa se tornou uma espécie de ponto turístico da localidade e a família recebe visitantes para conhecer e fotografar os enfeites.
A casa reflete a beleza da razão pelo qual é enfeitada. Célia conta que o gosto pela decoração de Natal vem de berço. Desde pequena ela espera pela data para contemplar as luzes e se encantar ao ver os enfeites. “Eu desde criança gosto muito de decoração de Natal. Quando eu era criança a minha mãe sempre enfeitava o pinheirinho, colocava piscas”. Além disso, por trás há também um simbolismo religioso: “A gente entende que o Natal é o nascimento do menino Jesus, então, nós temos que esperar ele com alegria, com luzes. As luzes representam o brilho para esperar esse Jesus nascer em nossas casas”, explica.
Além disso, iniciando com 1.000 lâmpadas, a família decora a casa desde 2008 e o presépio se mantém o mesmo desde o primeiro ano. O número de lâmpadas aumenta a cada ano, os donos da casa pretendem chegar as 100.000 luzes em breve. A montagem demora um mês para ser feita e ainda há o trabalho de manutenção e conferência das luzes, que dura em torno de 40 minutos a uma hora todos os dias. “E tem pessoas que perguntam: o que vai ter de diferente esse ano? Todo mundo já está com aquela expectativa, porque sempre tem algo diferente, todo ano muda alguma coisa”, conta Célia.
A casa se tornou uma parada para os que trafegam pela localidade. Célia conta que muitas pessoas param, conhecem, tiram fotos, ou só diminuem a velocidade para ver as luzes. A respeito das visitas, a família gosta da interação com as pessoas que passam pelo endereço. “É uma coisa que a gente faz para que as pessoas gostem mesmo”. Mas uma idade em especial gosta da casa mais do que as demais: as crianças. A proprietária conta que os baixinhos se divertem brincando entre os piscas e pedem pelos enfeites logo no início de novembro.
O processo de escolha dos locais e luzes para os enfeites já se tornou uma tradição familiar. O grande responsável por realizar a parte prática e colocar a mão na massa no mês de dezembro é o Jonas. O casal conta que a decoração é um exercício de paciência, pela fragilidade das luzes. Todo o processo para deixar a casa pronta dura cerca de um mês e Jonas se cobra quando a data fica mais próxima.“Às vezes paro e penso que está chegando o mês de dezembro e eu ainda não coloquei nenhum pisca!”.