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Os cinco técnicos que passaram pela Seleção ao longo dos últimos quatro anos tiveram algo em comum: todos eles tiveram no zagueiro Marquinhos um pilar da defesa brasileira.
Além do status de intocável, o jogador de 31 anos se consolidou como um dos líderes do grupo e, na chegada do técnico Carlo Ancelotti, foi mantido como capitão.

Cheio de moral e a caminho de sua terceira Copa do Mundo, Marquinhos completa nesta quinta-feira 100 jogos pela seleção brasileira, entrando para uma seleta lista de jogadores. O feito será alcançado num palco emblemático, o Maracanã, em duelo contra o Chile, às 21h30 (de Brasília), pelas Eliminatórias.
Nas contas da CBF, que considera partidas contra combinados e clubes, apenas 15 jogadores alcançaram essa marca. Confira:
- Cafu: 150
- Roberto Carlos: 132
- Neymar: 128
- Daniel Alves: 127
- Rivelino: 120
- Djalma Santos: 113
- Pele: 113
- Taffarel: 113
- Thiago Silva: 113
- Lúcio: 107
- Leão: 105
- Ronaldo: 105
- Gilmar: 102
- Ronaldinho Gaúcho: 102
- Jairzinho: 101
A estatística não considera as partidas das Olimpíadas de 2016, em que Marquinhos conquistou o até então inédito ouro olímpico para o Brasil.

A trajetória de Marquinhos na Seleção principal começou há 12 anos, quando Luiz Felipe Scolari ainda era o técnico. Ele ficou fora da da Copa de 2014, mas dali em diante virou figurinha carimbada nas convocações.
A caminhada teve momentos de glória, com o título da Copa América de 2019, mas também episódios dolorosos. O pior deles foi em 2022, no Catar, quando o zagueiro perdeu o pênalti que resultou na eliminação para a Croácia, nas quartas de final.
– É inevitável trazer isso para você quando erra um pênalti. A dor da eliminação sendo protagonista é o conjunto de uma obra que acaba sendo mais difícil. Mas foi muito bem trabalhado para eu cicatrizar essa ferida. Tive muitos momentos como esse, que talvez seja o mais difícil da minha carreira, mas tive outros momentos difíceis e consegui passar por cima – refletiu o zagueiro, em entrevista ao ge, em março deste ano.
Neste ciclo de Copa, ele é o jogador que mais minutos disputou com a amarelinha (2219) e só não participou de quatro jogos por estar machucado ou por ser poupado.
Além da Seleção, Marquinhos também é referência em seu clube, o Paris Saint-Germain, e vem de uma temporada praticamente irretocável, em que conquistou os três títulos disputados na França, além da sonhada Liga dos Campeões da Europa.
As homenagens a Marquinhos pelo 100º jogo começaram antes mesmo da partida contra o Chile. Na última terça-feira, ele recebeu uma camisa comemorativa das mãos do presidente da CBF, Samir Xaud. O zagueiro e a torcida brasileira esperam que a festa fique completa nesta noite, com vitória e boa atuação no Maracanã.