Redação
O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça da comarca de Imbituva, denunciou Andre Marques dos Santos acusado de provocar um acidente que resultou em quatro mortes e três pessoas gravemente feridas, ele tinha 19 anos à época. O caso, ocorrido em 30 de junho de 2019, na BR-373, será julgado pelo Tribunal do Júri no próximo dia 27 de agosto, em Imbituva. A promotora responsável pelo caso é a Drª Priscila dos Reis Braga.
Segundo a denúncia apresentada pela promotoria, o réu conduzia um Fiat Tipo preto, sob influência de álcool, quando realizou manobras em zigue-zague, invadiu a pista contrária e colidiu frontalmente com um Ford Ecosport preto que trafegava regularmente.
O acidente provocou a morte de Júlia Nicoly Machado Ferreira (apenas dois anos na época), Nagieli Machado Ferreira (mãe de Júlia), Natan Caike dos Santos (18 anos à época) e Valdecir de Jesus Elias Nogueira (54 anos à época). Nagieli e Valdecir morreram no mesmo dia do acidente, Natan faleceu em 1º de julho e Júlia em 4 de julho de 2019.
Outras três vítimas sobreviveram com ferimentos graves, sendo elas Claudia Eidan Kanzeler, que sofreu amputação traumática e debilidade permanente; Edina Mara Eidam dos Santos Elias Nogueira, que passou por esplenectomia e ficou incapacitada para atividades por algum tempo após o ocorrido; e Luis Cristiano Kanzeler (12 anos à época), que apresentou debilidade em membros superiores e inferiores.



Valdecir de Jesus Elias Nogueira Natan Caike dos Santos Júlia Nicoly Machado Ferreira
Fotos: Reprodução Facebook, com autorização de familiares para serem publicadas.
Ainda, segundo a denúncia, as vítimas fatais Júlia e Nagieli, estavam no mesmo carro que Andre, o Fiat Tipo. Já as demais vítimas, Natan, Valdecir, Claudia, Edina e Luis Cristiano estavam no veículo Ecosport.
A Promotoria enquadrou a conduta em quatro crimes de homicídio simples (art. 121 do Código Penal) e três crimes de lesão corporal grave e gravíssima (art. 129 do Código Penal), em concurso formal impróprio (art. 70 do Código Penal). O julgamento ocorrerá perante o Tribunal do Júri, conforme previsto para crimes dolosos contra a vida.
Na denúncia, o MP afirma que “o denunciado Andre Marques dos Santos, agindo com dolo eventual, assumindo o risco de produzir um grave acidente e tendo consciência plena deste resultado, através de colisão veicular frontal, ofendeu a integridade corporal das vítimas”.
O Ministério Público também destacou na denúncia que não há possibilidade de suspensão condicional do processo ou acordo de não persecução penal, uma vez que os crimes imputados possuem penas mínimas superiores a quatro anos e foram cometidos com violência. O júri, marcado para 27 de agosto, deverá ouvir vítimas sobreviventes, testemunhas e policiais que atenderam a ocorrência.
O julgamento em Imbituva representará a etapa decisiva do caso, iniciado em 2019. O réu poderá ser condenado por homicídio e lesões corporais graves, com pena a ser definida conforme a decisão do Conselho de Sentença. Ainda, o Júri será aberto ao público conforme capacidade do local.
OBS: AS FOTOS DIVULGADAS NESTA MATÉRIA TEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DAS FAMÍLIAS ENVOLVIDAS NO CASO.