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A relação de Alfredo Van der Neut com o meio de transporte vem desde a sua infância - Foto: Nilton Pabis

Réplica, inspirada no trenzinho do Parque Aquático, está sendo construída por ele

Leandro Bianco, com reportagem de Nilton Pabis

Uma réplica de trem, extremamente detalhista, está sendo construída pelo ex-prefeito Alfredo Van der Neut, que tem uma longa relação com o meio de transporte. O trenzinho foi desenvolvido a pedido de uma família de São Paulo.


Esse é o segundo trenzinho construído por Alfredo; o primeiro deles está no Parque Aquático e foi confeccionado na época em que ele era prefeito de Irati. “Eu fiz aquilo como prefeito, pensando em dar um atrativo para nosso parque, e também esse atrativo que tivesse um pouco da história de Irati, que foi formado exatamente em cima da ferrovia. Então, nada mais justo do que homenagear o trem dessa forma”, conta.


De acordo com o ex-prefeito, um engenheiro de São Paulo entrou em contato com ele após ver um vídeo do trenzinho do Parque Aquático funcionando, pois uma família do estado vizinho tinha interesse em adquirir uma réplica de um trem. Depois disso, o ex-prefeito começou a planejar a construção da réplica. “Eu aceitei o desafio e estou terminando, faltam apenas alguns detalhes. Não existe fábrica de trem, nós estamos fazendo uma coisa artesanal”.


Desde então, muitas pessoas tiveram participação no processo de construção do trem. “Para sair do zero e chegar onde nós chegamos, é preciso envolver muita gente. Já passaram 13 profissionais, diferentes uns dos outros. Fora as oficinas, as tornearias e as peças, que foram criadas, tudo foi feito sob medida”, Alfredo explica, que cada peça foi fabricada exclusivamente para o trem.


Alfredo também contou com a ajuda de seu neto, que é engenheiro mecânico, para ajustar a parte mecânica do trenzinho, desde a rotação do motor até a velocidade. O painel do trem, que ainda está sendo construído, terá todos os marcadores que indicarão pressão, óleo, freio e embreagem do trem, já que o mesmo funciona com um sistema mecânico complexo. Posteriormente, também serão construídos dois vagões para passageiros, que terão capacidade de transportar 30 pessoas, 15 em cada vagão.


Diferentemente do trenzinho do parque aquático, em que se foi usado o chassi de um veículo, a estrutura dessa nova miniatura foi construída toda do zero. Não houve um trem específico que serviu como base para o projeto. “Você vai tirando um pouco de cada coisa, ajustando o tamanho, procurando deixar proporcional para não ficar uma coisa exagerada”, conta sobre o processo de produção.


Além de ser muito bonito, o trenzinho é extremamente resistente. “Ele é rústico, forte, mas não perde a delicadeza de ser uma coisa leve e bonita também. Ele vai ter a fumaça, o barulho e a buzina da Maria Fumaça, trazendo de volta aquela magia da Maria Fumaça”, destaca.


Alfredo conta que, depois desse concluir esse, construirá outros modelos, pois tem a intenção de montar uma fábrica de réplicas de trens futuramente. “Muitas pessoas têm demonstrado interesse, e, de repente, vou levar isso para outras cidades”.


A relação de Van der Neut com o meio de transporte vem da infância. “Eu nasci na localidade de Governador Ribas, ao lado da estação ferroviária. Quando eu tinha quatro anos, ficava esperando o trem passar para ver as pessoas que viajavam muito de trem. E vinha aquela Maria Fumaça, fazendo aquele barulho, aquela fumaça e aquele estrondo todo. E aquilo me deixava sempre atraído, e é por isso que eu gosto e trem”, relembra.


Para finalizar, ele ainda destaca a importância histórica do trem. “Ele serviu muito, tanto para os passageiros quanto para a indústria, o comércio e o transporte, e, aliás, deveria voltar a ser o transporte mais utilizado, como acontece até na Europa”.

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