Sthefany Brandalise, com reportagem de Nilton Pabis
Na quinta-feira (26), a Afubra, em parceria com a Embrapa, realizou o Dia de Campo na comunidade de Restinga, em Imbituva. O objetivo do evento foi mostrar a cultura do feijão, onde foram apresentadas informações sobre a pesquisa do feijão de alta performance, que está sendo desenvolvido no município.
Um dos objetivos do programa é mostrar para os agricultores como ter um ambiente de plantação sustentável, buscando uma produtividade maior com a rotação de culturas, e uma das metas estabelecidas é chegar em mais de 5 mil kg de feijão por hectare.
“Acredito que o produtor tem que investir em conhecimento, para que ele possa implementar e melhorar os índices e resultados na sua propriedade”
Cristiane Tabarraco Borgo
Lázaro Böck, gerente da Afubra de Irati e Imbituva, comenta sobre o projeto e como ele surgiu. “Esse projeto nasceu de uma parceria entre a Afubra e Emprapa. Esse trabalho consiste em mostrar para o agricultor que é viável fazer um sistema produtivo. Nós buscamos aumentar a produtividade, juntamente com o manejo sustentável”, explica.
Marco Antonio Dornelles, vice-presidente da Afubra diz que o projeto busca mostrar ao produtor como trabalhar com a sustentabilidade na plantação e diversificar o plantio. “A Afubra realiza o Dia de Campo nas cidades das nossas unidades, mas aqui o diferencial é maior, além de promover a diversificação, o sistema de plantio direto, a melhoria no solo e a incorporação da matéria orgânica, trabalhamos a sustentabilidade também. Isso faz com que o produtor tenha um manejo de pragas mais equilibrado e uma produtividade maior”, observa.
Marco ainda conta que muitos agricultores tem um certo receio com o projeto, mas a cada ano que passa eles vão notando a evolução, e resolvem aplicar em suas lavouras também. “Trazemos outros agricultores para mostrar que a experiência é boa, e a cada ano que passa, a Emprapa vai fazendo a análise dos resultados, e em cada edição vamos mostrando isso para os agricultores”.
A rotação de culturas é muito importante para a ciclagem de nutrientes, é ela quem faz a transferência das substâncias do solo para outras plantas. “Essa rotação de culturas é importante, pois é ela que muda a ciclagem de nutrientes no solo. Os benefícios são muito grandes, e esse é o nosso diferencial”, comenta.
Marco diz, ainda, que a unidade de Restinga tem um grande diferencial, e agradece a parceria com a Embrapa. “Eu só tenho a agradecer por essa parceria. Essa unidade tem um diferencial muito grande, ela não está mostrando exclusivamente as culturas, mas também a dinâmica do sistema de plantio direto, que envolve rotação de culturas e que vai trazer melhorias para o produtor rural”, finaliza.
O pesquisador da Embrapa Arroz de Feijão, Mábio Lacerda, comenta qual o objetivo de sua palestra e quais informações trouxe para os produtores da região. “Hoje, um dos grandes desafios nos sistemas produtivos é o manejo de ervas daninhas. Eu busco explicar que o manejo não é somente para a cultura específica, mas sim para o sistema. O manejo de plantas daninhas nos sistemas produtivos de alta performance, onde nós pretendemos obter as máximas produtividades das culturas envolvidas. Um dos principais enfoques aqui desse projeto é diminuir ao máximo o banco de sementes de plantas daninhas no solo, e não deixar que se multiplicarem dentro do ambiente”, disse.
“Essa unidade tem um diferencial muito grande, ela não está mostrando exclusivamente as culturas, mas também a dinâmica do sistema de plantio direto, que vai trazer
melhorias para o produtor rural”Marco Antonio Dornelles
Lacerda comenta também que houve a redução significativa da erva daninha no local. “A presença de plantas daninhas aqui é mínima. A ideia é que em quatro ou cinco anos a gente consiga eliminar quase totalmente o número destas plantas na área”, finaliza.
Cristiane Tabarro Borgo, secretária de Agricultura de Guamiranga, fala sobre a importância dos agricultores de Guamiranga participarem do Dia de Campo. “O objetivo dessas visitas a inserção de novas tecnologias através de projetos, é mostrar para o produtor que o uso de determinadas tecnologias com pesquisa de qualidade, envolvimento, parceria de várias entidades tem um bom resultado. Acredito que o produtor tem que investir em conhecimento, para que ele possa implementar e melhorar os índices e resultados na sua propriedade. Eu sempre falo que tudo é um processo educativo, e a visita à campo em um evento como este agrega conhecimento aos nossos produtores.”, explica a secretária.
Participaram do evento as comunidades de Imbituva, Ivaí, Ipiranga, Prudentópolis, Guamiranga, Irati, Tibagi, São João do Triunfo, São Matheus, Mallet e Paulo Frontin.