Crianças em quarentena, atenção redobrada (Foto: Wilson Dias/ABr)
Em tempos de quarentena, as crianças estão sendo obrigadas a passar mais tempo dentro de casa. Com isso, aumenta-se o risco de acidentes domésticos, conforme alertam instituições como a Sociedade Brasileira de Pediatria e a ONG Criança Segura.
No Paraná, ocorrências são comuns o ano todo, conforme demonstram dados do Ministério da Saúde. Entre os anos de 2001 e 2018, por exemplo, o estado registrou 6.182 óbitos de crianças com até 14 anos de idade em acidentes domésticos, o que dá a média de uma morte a cada 25 horas e meia no estado por conta desse tipo de ocorrência. Apenas em 2018, último ano com dados disponíveis, foram 210 óbitos, oito a mais do que no ano anterior.
A principal causa de morte de crianças no Paraná são os acidentes de trânsito, responsáveis por 44,5% das mortes no estado. Em seguida aparecem os casos de sufocação (23%), afogamento (18,2%), arma de fogo (7,1%), queimaduras (3,8%), quedas (3,1%) e intoxicação (0,2%).
Já com relação às internações, o total chega a 106.083 entre os anos de 2008 e 2009, com média de uma criança hospitalizada em decorrência de acidente doméstico a cada hora no estado. Só em 2019 foram 7.965 internações, número significativo, mas ainda expressivamente abaixo do verificado em 2018 (9.496).
A boa notícia é que 90% desses acidentes são evitáveis. E ficar de olho nos pequenos é o principal conselho dos especialistas, sendo importante ainda notar que o cômodo com mais acidentes é a cozinha, com registros como queda (por causa do piso), queimadura (fogão/forno), intoxicação (produtos de limpeza), choque elétrico (tomadas e fios desprotegidos), engasgo (com comidas e bebidas) e afogamento (em baldes e pias).