Sthefany Brandalise
Em entrevista à Folha de Irati, a família de Ravilson Chemin relembrou sua trajetória de vida, que está profundamente ligada à história de Irati. Ravilson faleceu em 24 de agosto de 2025, aos 93 anos, deixando legado no jornalismo, na família e na comunidade de Irati e região. Madeireiro, empreendedor e figura ativa na vida comunitária, Ravilson foi um dos fundadores do Jornal Folha de Irati, participou da fundação do Clube do Comércio, atuou como conselheiro da Santa Casa de Irati e presidiu o Clube Olímpico. Seu legado ultrapassa os feitos públicos, refletindo-se também no afeto e nos valores transmitidos à família.
Casado em 30 de dezembro de 1954 com Maride de Lourdes Chemin, Ravilson foi pai de três filhos: Ravilson Antônio Chemin, Luís Sérgio Chemin e Rosane de Fátima Chemin (in memorian). Deixou também oito netos e dez bisnetos, que carregam consigo os valores e os ensinamentos transmitidos por ele ao longo da vida.
Fotos: Reprodução





Ravilson iniciou sua vida profissional no setor de contabilidade e, em sociedade com o pai, Angelo Chemin, entrou para o ramo madeireiro. Sua atuação, no entanto, não se limitou ao trabalho. Ele sempre esteve presente em projetos que fortaleciam a vida social e cultural do município, contribuindo com instituições locais e incentivando a participação comunitária.
No ano de 1973, Ravilson esteve entre os idealizadores da Folha de Irati, ao lado de Evaldo Garcez Rocha, Júlio Vasileski, Vladislau Kaspersak e Alci Aleixo Thomaz. O objetivo era oferecer à população uma alternativa de informação equilibrada e responsável, em um período em que apenas um jornal circulava na cidade. Durante mais de 15 anos, Ravilson manteve o compromisso de que a imprensa fosse a voz da comunidade, defendendo que informação é uma forma de empoderamento coletivo.
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A convivência com Ravilson foi descrita pela família como marcada pelo bom humor, pela leveza e pela capacidade de criar laços por meio de gestos simples. Sempre bem disposto, gostava de brincar com os netos e bisnetos e era conhecido por suas “trovas” e piadas. Ao lado da esposa, Maride de Lourdes Chemin, construiu uma relação de carinho e respeito, expressa em pequenos rituais, como versos e flores colhidas no jardim.
Para os familiares, seu maior legado foi transmitir valores como honestidade, resiliência e a importância de cumprir a palavra. Costumava dizer que “a vida era igual às costas de um camelo, às vezes a gente está por cima, às vezes por baixo, só precisamos perceber em qual lugar estamos para saber como agir”.
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Mais do que empresário ou fundador de jornal, Ravilson foi lembrado como alguém que acreditava no poder da comunicação e na importância de uma sociedade bem informada. Sua trajetória mostra a combinação entre trabalho, responsabilidade social e dedicação à família.
A Folha de Irati presta esta homenagem em reconhecimento à sua contribuição para o Jornal e para todos aqueles que conviveram com ele.
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